Dólar sobe para R$ 5,24, após dados sobre inflação nos EUA
Um dia após alcançar o menor valor em cinco meses, o dólar fechou em leve alta, após a divulgação de dados sobre a inflação nos Estados Unidos. A bolsa de valores subiu pelo terceiro dia seguido, embalada pelo desempenho de empresas exportadoras de commodities (bens primários com cotação internacional).
O dólar comercial fechou esta quinta-feira (10) vendido a R$ 5,242, com valorização de 0,28%. A cotação iniciou o dia em queda, chegando a cair para R$ 5,17 na mínima do dia, por volta das 12h40. A moeda, no entanto, inverteu o movimento e subiu nas horas finais de negociação.
Mesmo com a alta de hoje, o dólar recua 1,51% na semana. A divisa acumula queda de 1,21% em fevereiro e de 5,99% em 2022.
No mercado de ações, o dia foi marcado por ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 113.368 pontos, com alta de 0,81%. O desempenho foi puxado por empresas mineradoras, principalmente após a divulgação de dados que mostram aumento de produção e de vendas da Petrobras, cujas ações são as mais negociadas na bolsa.
O dólar teve um dia de alta em todo o planeta, após a divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos atingiu 0,6% em janeiro, o mesmo nível observado em dezembro. O número veio acima das expectativas dos investidores e indica que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) pode aumentar os juros da maior economia do planeta com mais força que o previsto.
Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a retirada de capitais de países emergentes. A alta no Brasil, no entanto, está sendo limitada após o Banco Central ter elevado a taxa Selic (juros básicos da economia) para 10,75% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária. Os juros brasileiros voltaram aos dois dígitos pela primeira vez em cinco anos.