Monique Evans emagrece 16 quilos: “Não posso perder muito mais ou despenca tudo”
Devagar e sempre: em agosto passado, Monique Evans decidiu que estava na hora de se livrar do excesso de peso e, desde então, já eliminou 16 quilos. Ela resolveu emagrecer por uma questão de saúde e, admite, por vaidade. “Eu sabia que estava prejudicando minha saúde, meus exames não estavam bons. E também estava perdendo minhas roupas, não tinha mais o que vestir. Sou cheia de grilos, era só manga comprida, vestido…”, confessa a mãe de Bárbara Evans.
“Teve uma hora que só usava leggings e meu braço não cabia em nenhum casaco”, diz a ex-modelo de 65 anos, um dos grandes símbolos sexuais brasileiros nas décadas de 1970 e 80.
Monique conta que ganhou peso após uma cirurgia na vesícula em outubro de 2019. “A barriga inchou e nunca mais voltou ao normal. Também tomo remédios controlados para a depressão que engordam. Com a pandemia não podia malhar e quando vi estava mais gorda”, conta.
Ela foi, na maior parte da vida, bem magrinha. Nos tempos de modelo, chegou a pesar 48 quilos em 1,74 metros (“agora devo ter 1,71”). Com o tempo, foi ganhando uns quilinhos aqui e ali. Na pandemia, viu os números da balança subirem. Chegou aos 78 quilos. Hoje com 62, tem como meta os 60 quilos. “Meu médico acha até que ainda dá para eu ir um pouco mais além”, diz.
Mas a ex-modelo não quer. “Não posso perder muito mais ou despenca tudo”, explica. “O rosto emagrece e envelhece. No meu caso, acredito que se eu ficar com menos de 58 quilos não vai ficar bom, não”, afirma. Para chegar ao peso atual, Monique teve a ajuda do médico Marco Vilarinho. Ela limpou a alimentação, cortou carboidratos e frituras, e reduziu a quantidade de comida. Fez, quando conseguia, jejum intermitente e tomou um remédio, semaglutida, além de ter feito reposição de vitaminas e nutrientes – tudo com orientação do profissional, como Monique faz questão de frisar.
“Como mais proteínas, mas gosto de legumes e verduras e fica mais fácil”, explica a ex-modelo, que recorreu a quentinhas prontas e a uma sopa preparada pela mãe de sua namorada, a DJ Cacá Werneck. “Não como açúcar, que não coloco nem no café, e uma vez por semana tenho um dia livre. O que me animou a continuar a dieta é que já no primeiro mês perdi quatro quilos”, lembra ela, que não se preocupa tanto com o número final, porque está retornando aos treinos e sabe que ao ganhar massa magra também ganhará peso. “Mas não voltarei a ter o mesmo corpo de novo”, reforça.
O recado é importante porque Monique é, ainda hoje, cobrada a ter a forma física dos 20, 25 anos. “Nunca mais serei aquela modelo e nem pretendo” ressalta “Depois daquela modelo novinha ainda teve Monique dos 50 anos, quando eu tinha um corpo impressionante. Malhava três horas por dia, tinha uma bunda incrível, uma barriga linda sem ser aquela coisa definida”, conta. “Adoraria ter aquele corpo de volta, mas não vai acontecer, porque na minha idade não se consegue mais aqueles músculos. Você treina e não vem mais. Então tenho que me contentar com poucos músculos e, ok, tá tudo bem”, afirma.
Mesmo em paz com a atual forma, Monique avisa que ninguém vai ver fotos suas na praia tão cedo. “Tive câncer de pele estágio 4, não posso pegar sol mesmo”, diz, contando que o assédio também a afastou das areias. “Nas últimas vezes em que fui à praia, era um saco, porque todo mundo queria tirar foto. Veja, meu trabalho desde os 14 anos foi ser fotografada de biquíni. Me aposentei. Quero ser uma pessoa comum”, justifica.
Mas não é só isso. A repercussão de uma possível foto sua também conta. “Tem os paparazzi na praia, que escolhem sempre o seu pior ângulo, bem horrorosa, para as pessoas te detonarem”, dispara. “E as pessoas detonam, não pensam que você tem 65 anos, às vezes a idade da mãe ou da avó delas, e que tem o direito de envelhecer”, aponta.
Monique frisa que a idade é cruel com as mulheres em todos os aspectos.
“Homem pode envelhecer, ficar com cabelo branco, barriga. Já a mulher dizem que ficou ‘largada’. A cobrança para eles sempre é muito menor”, afirma ela, que hoje faz presença vip em eventos e já recorreu ao botox na testa e nas rugas ao redor dos olhos. Também fez um “preenchimento leve”. “Faço botox de seis em seis meses porque franzo muito o rosto. Preenchimento fiz um pouco no malar porque com a idade e emagrecendo você perde volume e fica com aspecto de cansado”, conta, acrescentando que também recorreu a um procedimento com fios de PDO, que são absorvíveis, para a sustentação da face.
Monique planeja uma intervenção mais permanente no futuro. “Sei que daqui a pouco vou preciso de uma cirurgia plástica mesmo”, explica. “Mas tenho medo; não só medo de sair com meu rosto transformado em outro pessoa, como do pós-operatório, porque não gosto de sentir dor”, explica. O plano é encontrar um cirurgião com “bom senso”, da forma que o resultado seja condizente com sua idade em “sua melhor versão”.
“Tenho que dar graças a Deus que não tenho aquela pele que vai ficando plissada, porque isso não tem botox que dê jeito. Tenho uma genética boa”, admite a ex-modelo. Monique diz que, agora que está mais magra, vem recebendo mais elogios nas redes sociais, mas que seus fãs sempre foram bem carinhosos, independentemente de seu peso. “Sempre me abraçam e falam ‘como você é linda, como você é mais bonita pessoalmente’”, diz.
A maioria de seus seguidores, Monique conta, é de jovens, mas ela lamenta que eles não conheçam sua trajetória além de “famosa” ou ainda mãe de Bárbara. “Eu gostaria muito que essa juventude soubesse da minha história, mas ao mesmo tempo não consigo escrever um livro porque não tenho memória”, explica.
“Acham que eu sou uma subcelebridade, que sou uma ex-Fazenda, mas tenho 30 anos modelando, 60 capas de revista. Não sabem da minha importância para a moda brasileira, dos tabus que eu quebrei. A minha neta adolescente que mora em Barcelona não sabe e isso me deixa triste”, assume Monique, que, mesmo assim, celebra a conexão com o fãs jovens. “Tenho a cabeça jovem e me entendo mais com eles que com seguidores da minha idade”, diz.