Sem chuvas necessárias, MS registra aumento grave e extremo da seca em janeiro, indica monitoramento
O Monitor de Secas, da ANA (Agência Nacional de Águas), indicou na última atualização, na quarta-feira (17), o grave e extremo aumento da seca em municípios do Mato Grosso do Sul durante o mês de janeiro. Favorecido pelo baixo registro de chuvas, regiões indicam grandes perdas de pastagem e escassez de água generalizada ou restrições.
Conforme o monitoramento, durante o mês passado, o Estado registrou uma intensificação da seca no último mês em todos os municípios, principalmente na região sul, e seca estrema no sudoeste devido às anomalias negativas de precipitação e piora nos indicadores. Por outro lado, devido às chuvas acima da média do último mês, houve recuo da seca grave no nordeste. Os impactos são de longo prazo no norte e de curto e longo prazo no sul do Estado.
Por conta da seca, condição já é registrada há 1 ano e 7 meses, desde o indicador de alerta em julho de 2020. Em janeiro, a área com seca extrema avançou de 16% para 19% do Estado, sobretudo no sudoeste, aumentando a severidade do fenômeno no Estado, que tem a situação mais intensa do Centro-Oeste. Além disso, houve a permanência de 4% do Estado com seca excepcional em relação a dezembro, que é a mais severa na escala do monitor. Em termos de área total com seca, MS teve o fenômeno em seus 357 mil km², ficando atrás apenas de Mato Grosso.
Cinco estados registraram seca em 100% do território no último mês no Brasil: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Três unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em janeiro: Distrito Federal, Espírito Santo e Maranhão. Os demais 13 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 17,3% e 97,9% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. No total, a área com o fenômeno foi de 2,6 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 10º maior do mundo, superando os 2,3 milhões de km² da Argélia.
Com base nos dados, os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca