Civis ucranianos começam a deixar cidades sitiadas usando corredores humanitários combinados com Rússia

Civis ucranianos começam a deixar cidades sitiadas usando corredores humanitários combinados com Rússia

Ucranianos embarcam em ônibus em Sumy para deixar cidade que tem sido bombardeada pelas forças de invasão da Rússia Foto: DEPUTY HEAD FOR PRESIDENT'S OFFI / VIA REUTERS

LVIV – Civis ucranianos começaram a deixar cidades sitiadas nesta terça-feira depois de o governo ucraniano chegar a um acordo com a Rússia  que permitiu a criação de “corredores humanitários”.

Os ucranianos começaram a deixar a cidade de Sumy, no Nordeste, e a cidade de Irpin, perto da capital, Kiev, mas não ficou claro se o governo da Ucrânia concordaria em usar outros corredores humanitários se levassem os seus cidadãos para a Rússia ou para a Bielorrússia.

Tanto Sumy, cidade no Nordeste da Ucrânia a 25 km da fronteira com a Rússia, quanto Irpin, que fica no caminho entre o comboio russo estacionado a noroeste e Kiev, tem sido fortemente bombardeadas. Ao menos  nove pessoas morreram na primeira cidade na segunda-feira, enquanto a cena do bombardeio de uma jovem família que deixava Irpin no mesmo dia gerou uma grande onda de indignação. Espera-se que haja uma suspensão das hostilidades das 9h às 21h, hora local, para permitir a fuga dos civis.

Kiev apelou a Moscou para não usar suas armas, de modo a permitir que as pessoas possam sair em segurança. “Já começamos a evacuação de civis de Sumy para Poltava (no centro da Ucrânia), incluindo estudantes estrangeiros”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia em um tuíte. “Pedimos à Rússia que mantenha seu compromisso de cessar-fogo, abstenha-se de atividades que coloquem em risco a vida das pessoas e permita a entrega de ajuda humanitária”.

Segundo a  agência da ONU para os refugiados informou nesta terça-feira, mais de dois milhões de ucranianos já deixaram o país por causa do conflito. Os refugiados estão cruzando para países vizinhos a oeste, como Polônia, Romênia, Eslováquia, Hungria e Moldávia. De acordo com a agência da Guarda de Fronteiras da Polônia, 1,2 milhão de pessoas fugiram da Ucrânia para o país desde o início da guerra.

As pessoas que fogem pelos corredores humanitários devem ir para outros lugares dentro da própria Ucrânia. Na segunda-feira, a Ucrânia protestou que civis não pudessem deixar suas cidades para outras localidades dentro de seu próprio território

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