Time e arquibancada mostram maturidade para um forte jogo mental, e tricolores conseguem a vantagem em casa que faltou em 2013. Classificação no Paraguai passará por ajuste na bola aérea
Time e arquibancada mostram maturidade para um forte jogo mental, e tricolores conseguem a vantagem em casa que faltou em 2013. Classificação no Paraguai passará por ajuste na bola aérea
A torcida que encheu o estádio com mais de 30 mil pessoas teve grande parcela nisso. Os tricolores deram show na arquibancada e empurraram o time do início ao fim, sobretudo após a falha bizarra de Fábio no gol de empate do Olimpia ainda no primeiro tempo. A reação imediata com gritos de incentivo não deixou a “peteca cair” dos jogadores, inclusive do próprio goleiro, que depois fechou o gol e salvou a equipe com grandes defesas. Foi o que Abel Braga chamou de “doping de incentivo”, e não dá para dizer que ele exagerou no termo.
Por mais que o Nilton Santos não tenha a característica de caldeirão como São Januário, devido à distância do campo para a arquibancada, um estádio de grande porte quando está cheio também impacta bastante. Até mesmo na arbitragem, que ouvia a pressão e surpreendentemente começou a distribuir cartões amarelos para os paraguaios ainda no primeiro tempo para coibir cera. “Dopado” emocionalmente, o Fluminense não caiu na “catimba” e mostrou muita maturidade. Felipe Melo, por exemplo, sequer tomou cartão e fez mais uma grande partida.
Jogo foi de nervos à flor da pele, mas Flu não caiu na “catimba” — Foto: Staff images /CONMEBOL
A vitória sobre o Olimpia também passou por outros fatores, como: a genialidade de Luiz Henrique, que deve ter causado até uma hérnia de disco em Iván Torres, seu marcador paraguaio; a incrível presença de área de Cano, que está sempre onde a bola vai; a redenção de Fábio, que fez dois milagres, um em cada tempo; a mexida de Abel no intervalo colocando Martinelli no lugar de Yago, que não vinha bem; e uma atuação segura dos laterais. O Fluminense teve volume e terminou o jogo com 18 finalizações contra 10 e oito chances de gol contra cinco.
Scout – Fluminense x Olimpia
Quesito | Fluminense | Olimpia |
Posse de bola | 49% | 51% |
Finalizações | 18 | 10 |
Chances de gol | 8 | 5 |
Faltas | 15 | 16 |
Passes errados | 70 | 71 |
Roubadas de bola | 22 | 23 |
Impedimentos | 1 | 2 |
Escanteios | 6 | 12 |
Luiz Henrique deixou Iván Torres no chão (e talvez com hérnia de disco) — Foto: André Durão