Boavista teve recurso aceito no TJD-RJ e fica a três pontos de distância do Voltaço, último colocado, às vésperas da última rodada da Taça Guanabara; time de Saquarema leva vantagem no número de vitórias, primeiro critério caso haja empate em pontos
Por Redação do ge — Volta Redonda, RJ
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Recuperação de pontos do Boavista rebaixa o Volta Redonda no Carioca; entenda o caso — Foto: André Moreira/Volta Redonda F.C.
A recuperação de três dos sete pontos perdidos pelo Boavista na punição pela escalação irregular de um jogador no Campeonato Carioca impacta diretamente o Volta Redonda.
Isso porque o Voltaço, que lutava com o Boavista contra o rebaixamento nesta reta final, passa a não ter mais chances de escapar da queda.
O recurso do Boavista foi julgado na noite de quinta-feira, no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ)
Com a decisão, o Boavista pula de cinco para oito pontos na tabela, abrindo três pontos de vantagem para o Volta Redonda faltando apenas uma rodada para o fim da primeira fase.
Na última rodada da Taça Guanabara, o Volta Redonda vai visitar a Portuguesa, enquanto o Boavista tem pela frente o Fluminense. Os jogos vão acontecer simultaneamente, com início previsto para as 16h de sábado.
Mesmo que perca o jogo e o Volta Redonda conquiste uma vitória, o que faria os dois times empatarem em pontos (8 a 8), o Boavista levaria vantagem no número de vitórias, primeiro critério de desempate (3 a 1).
O Volta Redonda não pode recorrer da decisão do TJD-RJ porque não está anexado ao processo como parte interessada. Uma reviravolta só poderia partir de Nova Iguaçu, Madureira e Bangu, times que estão anexados como terceiros interessados.
O Boavista também tentou anular a perda de outros quatro pontos em outro processo, mas teve o pedido negado.
O que dizem as partes
Em nota, o Volta Redonda informou que “segue focado somente na partida diante da Portuguesa neste sábado, dia 12, válida pela última rodada”. Disse ainda que “o departamento jurídico do clube está acompanhando o andamento do julgamento e aguardando o resultado final do processo”.
O ge vem tentando contato com Nova Iguaçu, Madureira e Bangu para saber se os clubes vão recorrer do efeito suspensivo da punição. Assim que obter as respostas, a informação será acrescentada nesta reportagem.
Entenda o caso
O Boavista foi julgado e condenado pelo TJD-RJ no dia 16 de fevereiro. O motivo foi a escalação irregular do volante Ryan Guilherme.
O processo teve origem em uma notícia de infração movida por Madureira e Bangu, que acionaram a procuradoria do TJD-RJ. Ryan Guilherme foi expulso por agressão na última rodada da Taça Guanabara do ano passado, contra a Portuguesa-RJ, e depois foi julgado e suspenso em cinco partidas.
Contratado para o time sub-20 do Fortaleza, o volante não precisou cumprir a suspensão lá, pois a pena é de âmbito estadual. Ele voltou ao Boavista em 2022, não foi relacionado para a estreia contra o Botafogo, mas ficou no banco e entrou no segundo tempo contra Vasco e Flamengo.
O caso foi julgado pela 5ª Comissão Disciplinar do TJD-RJ. A defesa do Boavista argumentou que Ryan Guilherme cumpriu a suspensão no Carioca Sub-20, mas não adiantou, e o clube foi punido por unanimidade com base no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que não prevê pontos aos adversários.
Ou seja, nem Vasco e Flamengo, times que enfrentaram o volante em campo, tampouco Madureira e Bangu, que fizeram a denúncia, puderam se beneficiar com os pontos retirados.
Com a punição, o time de Saquarema perdeu sete pontos e despencou na tabela: tinha seis pontos e estava em nono lugar, e caiu para a lanterna, com um ponto negativo, passando a correr sério risco de queda restando cinco rodadas para o fim da Taça Guanabara — no Carioca de 2022, apenas o último colocado será rebaixado.