Análise: Santos escorrega mais do que joga em empate no Chile

Santos mais escorregou do que jogou futebol no Chile.

A metáfora, com um fundo de verdade, explica resumidamente o que foi o empate em 1 a 1 do Peixe com o Unión La Calera, pela terceira rodada da fase de grupos da Sul-Americana, fora de casa.

Depois de abrir o placar nos minutos iniciais, o Santos não conseguiu fazer valer a superioridade técnica, sofreu o empate e pouco criou para merecer a vitória diante do vice-lanterna do Campeonato Chileno.

Os escorregões, além da metáfora, atrapalharam (de verdade) o Santos em campo. Com o gramado molhado, os jogadores tinham muita dificuldade para parar em pé durante todo o primeiro tempo – o que chega a ser quase que inexplicável, diante de tanta tecnologia em materiais esportivos. Mas isso realmente aconteceu.

Agora, escorregões à parte, o Santos fez muito pouco, mesmo, diante do Unión La Calera. Se vencesse, o Peixe seria o líder do grupo C da Sul-Americana. Em campo, porém, não apresentou o suficiente para isso.

Com linhas distantes, bem diferente do que vimos na vitória por 3 a 0 sobre o América-MG, o Santos não conseguiu transformar sua verticalidade em lances de perigo e boas chances ofensivas.

O técnico Fabián Bustos gosta que seu time chegue ao gol adversário com poucos toques na bola. Não será muito comum, portanto, o Santos ter muita posse. Mas é preciso transformar essa objetividade em gols.

Contra o Unión La Calera, o Santos não conseguiu. A equipe foi atrapalhada por muitos erros de passes e decisões erradas.

No segundo tempo, para se ter uma ideia, o Peixe teve somente duas boas chances de gol. Uma delas surgiu depois de Lucas Pires errar um passe para Gabriel Pirani, mas a zaga vacilar e a bola sobrar nos pés do meia, na entrada da área. O chute saiu para fora.

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Para piorar, o Santos terminou o jogo recuado. Parecia satisfeito com o resultado, um empate contra o penúltimo colocado do Campeonato Chileno.

Fora de casa, Fabián Bustos ainda não venceu pelo Santos. São quatro empates e três derrotas. E, com essa postura, vai ser difícil mudar o cenário.

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