Santos é outro time quando joga dentro da Vila Belmiro

Nem parece o mesmo elenco. É incrível como o Santos muda a postura quando joga na Vila Belmiro. É um time que corre, trabalha a bola e cria muitas chances de gol. Foi assim, novamente, na vitória sobre o Cuiabá por 4 a 1, no último domingo, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

Claro que o adversário também ajudou um pouco nesta missão. Assim como a Universidad de Quito, no meio de semana, pela Copa Sul-Americana, o adversário do Peixe se contentou em apenas fazer uma série de cruzamentos e esperar pela falha da defesa santista.

Desta vez, porém, a falha veio. Em uma jogada que Madson deu espaço para o cruzamento e que Eduardo Bauermann e Lucas Pires não marcaram, Alesson aproveitou uma das poucas chances que o Peixe deu ao Dourado no jogo.

Fora isso, o Santos teve o controle do jogo durante quase todo o tempo. Aqui vale destacar a atuação dos volantes Rodrigo Fernández e Vinícius Zanocelo, que cadenciaram o ritmo santista principalmente no primeiro tempo. O uruguaio, aliás, foi um pacote completo. Seja em lançamentos e bons passes, seja na marcação, onde buscou anular Valdívia.

Até Jhojan Julio, muito criticado pelas fracas atuações, foi aplaudido pela torcida por sua entrega em campo. O equatoriano esteve mais à vontade em campo, deixando de ser o jogador que somente corre para trás

O ataque, de maneira geral, funcionou. Marcos Leonardo tem o faro de artilheiro e deixou novamente o seu. Brigou por toda bola. Já Léo Baptistão foi um capítulo à parte. Se entregou, não desistiu das jogadas, quase marcou um golaço. Mas também deixou o seu, além de dar a assistência para o gol de Marcos Leonardo.

Quem segue destoando em campo é Ricardo Goulart. O camisa 10 teve mais uma chance como titular e, de novo, desperdiçou. Parece que ele está uma rotação abaixo do restante do time em campo e não consegue acompanhar o ritmo. Tímido, pouco apareceu e recebeu até algumas vaias ao ser substituído por Lucas Braga.

Mas uma coisa que Fabián Bustos ainda precisa trabalhar é o melhor posicionamento em campo. Em certos momentos da partida, o Peixe acaba perdendo para si mesmo. São muitos erros de saída de bola, passes curtos que terminam no pé do adversário ou bolas simples, que acabam sempre voltando no pé dos rivais.

Pode ter sido o cansaço, mas o fato é que por quase 10 minutos, os erros fizeram com que o Cuiabá empurrasse o Santos para o campo de defesa. O Dourado teve três chances, no mínimo, para empatar o jogo. Pecou pela falta de pontaria dos atacantes. Os erros com a queda de ritmo quase custaram ao Peixe.

Porém, com as entradas de Angulo e Rwan Seco, o Peixe renasceu em campo. Como se fosse uma injeção de adrenalina num momento crítico. E em poucos minutos, a dupla anotou mais dois gols, para sacramentar o resultado e colocar o Santos novamente no G-4 do Brasileirão.

Cada vez mais, Bustos vai sentindo que pode confiar no elenco que tem em mãos. Em várias vezes, o treinador disse que a missão dele era deixar todos os jogadores em um bom nível para que o time não sentisse possíveis mudanças. Aos poucos, o argentino parece estar conseguindo isso

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