O São Paulo vai vender jogadores na próxima janela de transferências, em julho, e o técnico Rogério Ceni está ciente disso. Foi o que disse Julio Casares, presidente do Tricolor, em entrevista ao “Grande Círculo”, do sportv, que vai ser exibida no próximo dia 28 de maio.
– Ainda dependemos da venda de atletas. E não tenho dúvida que, no meio do ano, havendo uma proposta, o São Paulo vai ter que vender. Isso está claro, e o Rogério (Ceni) sabe disso – disse o mandatário são-paulino.
Casares vê o mercado em recuperação após o período mais grave da pandemia, mas, por outro lado, impactado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, dois mercados sempre muito agitados.
– Viemos de uma pandemia, onde a janela (janeiro) foi muito conservadora. O mercado sentiu. Então, parece que agora está se recuperando. O mercado russo, que era um bom mercado, Ucrânia, etc, não existem mais. A China também não existe mais. Aí começa a reduzir – comentou.
O São Paulo, antes do início da guerra, havia recebido uma proposta por Rodrigo Nestor do Dínamo de Kiev, que também sondou Igor Gomes. No Grande Círculo, Casares disse que recebeu ofertas no começo do ano por três jogadores. Confirmou Nestor e acrescentou Gabriel Sara e Welington à lista.
Até o momento, dois meses antes de a janela abrir, o São Paulo soma R$ 25 milhões em vendas de atletas do profissional. Marquinhos vai para o Arsenal, da Inglaterra, por pouco mais de R$ 18 milhões, enquanto Tiago Volpi defenderá o Toluca, do México,
O São Paulo precisou acelerar a saída de Marquinhos, já que poderia perder o atleta sem custos em virtude de uma questão contratual.
Mas, durante a entrevista, Julio Casares afirmou que o atacante decidira deixar o São Paulo antes mesmo de estourar no elenco profissional. Em julho do ano passado, o atacante anotou dois gols e comandou a classificação sobre o Racing nas oitavas da Libertadores.
– A questão do Marquinhos é uma questão conhecida, que ele não conseguia mais, ele não queria ficar, foi tentado de tudo. Até antes do jogo contra o Racing, que ele arrebentou, ele não já queria ficar. Era uma questão contratual, que ele tinha essa condição – assegurou o dirigente
Marquinhos tinha um contrato de cinco temporadas com o São Paulo, assinado aos 16 anos. A Fifa, no entanto, limita compromissos de menores de idade para apenas três temporadas, justamente o período que o atacante de 19 anos completaria agora no meio do ano.
Diante deste cenário, o jogador poderia pedir a liberação imediata do compromisso na Fifa, e o São Paulo perdê-lo sem custos. O clube viveu esta mesma situação com Daniel Fasson, que rescindiu o contrato em 2020.