Defesa da família de Genivaldo Santos se reúne com MPF para reforçar pedido de prisão de policiais envolvidos na morte

Uma reunião entre os advogados da família de Genivaldo de Jesus Santos e o Ministério Público Federal em Sergipe ocorreu nesta quarta-feira (8), na sede do órgão, para tratar sobre o parecer que o órgão deve fazer a favor ou contra a prisão preventiva de três policiais rodoviários federais investigados pela morte do homem durante uma abordagem na BR-101, em Umbaúba (SE).

O encontrou que durou cerca de duas horas e, de acordo com advogado Ivis Melo, serviu para a defesa reforçar os argumentos utilizando para pedir a prisão dos envolvidos.

O pedido das prisões foi feito à Justiça Federal pela família. Em uma reunião realizada nesta terça entre os advogados e um juiz da vara de Estância, ficou acordado que em até cinco dias o pedido será respondido.

A defesa da família pediu a prisão preventiva dos policiais envolvidos por fraude processual, uma vez que, segundo eles, o conteúdo do Boletim de Ocorrência registrado pelos policiais não confere com as imagens que repercutiram sobre o fato.

O processo sobre o caso está em sigilo.

Fantástico confirma identidade de policiais rodoviários federais investigados por morte em Sergipe
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Depoimentos do caso Genivaldo

 

Os agentes foram identificados em reportagem do Fantástico como Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros NoiaA investigação é sigilosa.

Eles já tinham sido ouvidos pela Polícia Federal no dia 26 de maio, por um delegado de plantão, e mais uma vez foram convocados para esclarecer alguns pontos.

Morte Genivaldo

Genivaldo morreu no dia 25 de maio, depois de ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido a inalação de gás lacrimogêneo. A causa da morte apontada pelo Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe foi asfixia e insuficiência respiratória.

Um boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal no dia seguinte informou que os agentes fizeram o uso de spray de pimenta e gás lacrimogêneo, após o abordado apresentar resistência. O texto citou ainda que o desfecho da situação teria sido uma fatalidade, desvinculada da ação policial.

Três dias depois da divulgação de parte do boletim, a PRF disse que não compactuava com as medidas adotadas pelos policiais durante a abordagem e citou “indignação” diante do ocorrido.

No dia 28 de maio, o delegado da Polícia Federal responsável pela investigação confirmou que durante a perícia da viatura utilizada pelos policiais foram encontradas substâncias semelhantes a de uma granada de gás lacrimogêneo.

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