Escândalo do MEC: após prisão, pastor diz que iria ‘destruir todo mundo’ se família fosse atingida

Um dos pastores investigados e presos sob a acusação de atuar informalmente junto a prefeitos para liberação de recursos do Ministério da Educação, Arilton Moura afirmou após ter sido preso que iria “destruir todo mundo” se a investigação atingisse sua família.

A conversa na qual Moura trata da investigação se deu pouco após a detenção do pastor, na última quarta (22).

Em telefonema interceptado pela Polícia Federal, o pastor conversa com uma advogada. Moura diz a ela que já havia sido detido pela PF e que havia chegado à sede da corporação no Pará. O pastor demonstra preocupação com a esposa e pede à advogada que a tranquilize.

“Eu preciso que você ligue para a minha esposa, acalme minha esposa. Porque se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo”, afirmou o pastor.

Em resposta, a advogada disse: “Fica tranquilo. Entra em oração para se acalmar e a gente cuida das coisas por aqui

Justiça determina soltura do pastor Arilton Moura, preso no Pará

Arilton Moura foi detido em Belém (PA), no âmbito da operação Acesso Pago, da Polícia Federal, que também deteve preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, os presos na operação foram soltos nesta quinta (23).

Arilton Moura é apontado pelas investigações como um auxiliar do pastor Gilmar Santos. Os dois são investigados por supostamente pedirem propina a prefeitos em troca de liberação de verba e investimentos do Ministério da Educação para municípios.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, com o pastor Arilton Moura em 30 de novembro do ano passado — Foto: Luis Fortes/MEC

Polícia Federal apontou que Moura teria pedido ao empresário José Brito, de Piracicaba, o pagamento R$ 100 mil em troca da realização de um evento da pasta no interior de São Paulo.

De acordo com a PF, desse montante, R$ 30 mil foram repassados para o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Hélder Bartolomeu, genro do pastor, que também foi preso na operação e posteriormente solto.

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