Lisca brinca após primeira vitória pelo Santos: “Burro com sorte”

O técnico Lisca venceu pela primeira vez no Santos. Na noite desta segunda-feira, fora de casa, o Peixe bateu o Coritiba, por 2 a 1, com o gol da vitória marcado nos acréscimos do segundo tempo, e abriu nove pontos de distância para a zona do rebaixamento

Após o apito final, o comandante se utilizou do bom humor para falar sobre o lance que decidiu o confronto — protagonizado por Ângelo e Angulo, dupla que saiu do banco de reservas no segundo tempo.

– Fui um burro com sorte hoje. Lá eu tinha botado o Rodrigo e o Angelo e os dois botaram a jogada, hoje o Angelo e o Angulo. O moleque foi valente, ficou em pé, matou a jogada. Virar essa chave de (não vencer) fora de casa. Temos muito mais jogos fora de casa – afirmou Lisca.

– Esse time do Fortaleza é muito bom, tenho certeza que eles não vão cair. O Fluminense não precisa nem falar. O Coritiba fora, agora América fora. Tenho uma história linda lá. Mudamos o clube de patamar. O América saiu de uma Série B, foi semifinalista da Copa do Brasil, fez uma grande Série A e entrou na Libertadores. As pessoas não se deram conta, mas o futebol está muito mudado – discursou o treinador ao citar seus dois primeiros jogos pelo Peixe.

Com o resultado, o Santos chegou aos 30 pontos na tabela do Brasileirão, se firmou na nona colocação na tabela e agora está a apenas três pontos do Internacional – o primeiro dentro do grupo dos classificados para a Copa Libertadores do ano que vem.

Na visão de Lisca, embora o sonho seja a vaga para a principal competição de clubes da América do Sul, o objetivo precisa ser conquistar o mais rápido possível os 45 pontos na tabela.

– Temos muita coisa a fazer. Temos de chegar rápido nos 45 pontos. Acho que não é isso, mas temos de ficar atentos. Se você dormir, vai para a turma de baixo. Não tem bloco de cima e de baixo. O de cima está desgarrando. Temos de ter atenção total. Precisamos de mais uns 20, 25 pontos para chegar uma Libertadores, que é o nosso sonho. E 15 para escapar do rebaixamento, que o Santos vem brigando muito – complementou.

O Peixe tem semana cheia de trabalho até o jogo contra o América-MG, no Independência, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo no Independência acontece no domingo (15), às 18h.

Leia outros trechos da entrevista coletiva do técnico Lisca:

Atuação da equipe no primeiro tempo
– Acho que nosso primeiro tempo foi muito bom. Controle total da partida. Jogadas pelo lado direito e esquerdo. Muito mais posse de bola, clarividência do jogo nosso, mas ainda não fomos muito agressivos. O Muralha pouco trabalhou pela superioridade que tivemos. No segundo tempo mexeram bem, o time ficou mais agressivo.

Sobre Lucas Barbosa
– Ele melhorou demais o nossos time lá em Fortaleza, dando uma puxada, roubando bola no campo adversário. Ele interceptou muitas bolas. Precisa ter um pouco mais de calma na definição, achar o (Lucas) Braga do outro lado, mas é um jogador que gostei muito desde que cheguei, acompanhava ele na Copinha. Por essa consistência sem a bola, jogamos zonal sem a bola. Todos precisam fechar linha. Não corremos mais atrás dos homens e o Lucas é importante nesse papel. Agora vamos para a segunda parte, que é melhorar o acabamento dele e as conclusões no último terço

– Estamos caminhando bem, com os pés no chão, sem euforia, sabendo o que precisamos melhorar, mas valorizando demais a oportunidade. Os caras me chamam de mercenário, mas não sabem que meu salário é quase o mesmo e quem pagou a multa fui eu.

Dificuldade no Brasileirão
– O Campeonato Brasileiro é muito parelho, não tem jogo fácil. Sai do Fluminense, pega o Coritiba, já vai para o América, pega o São Paulo. Tenho mais jogos fora do que dentro. Esse presente eu recebi. Temos de crescer fora de casa. É o mesmo campo, 11 contra 11.

Relação com a torcida
– Tem muita gente pressionada, mas a torcida não vaiou nenhum momento contra o Fluminense. Saiu feliz mesmo com o empate pela maneira como o Santos jogou. O Santos é um time que sempre teve característica de ser agressivo, não se entregar nunca, ser atrevido e eu quero buscar. É isso que eu quero buscar: a identidade do Santos, não a minha, que sou feio.

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