Chefe da segurança da campanha de Lula pede à PF abertura de inquérito para investigar empresário que fez tiro ao alvo com foto do petista

O chefe da segurança da campanha de Lula pediu nesta quinta-feira (22) à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar a conduta do empresário de Santa Catarina que praticou tiro ao alvo em uma imagem do candidato petista

Luiz Henrique Crestani, que é sócio de um clube de tiro, postou um vídeo em uma rede social em que usa uma espingarda para efetuar disparos contra um desenho do ex-presidente da República. No vídeo, Crestani, ao lado da esposa, diz, aos risos, antes de disparar a arma diversas vezes: “Qual que é o ladrão? Estou na dúvida. Vamos ver onde a arma pega”. O caso foi revelado pelo jornal “O Globo” na quarta (21).

Na imagem usada por Crestani para fazer os disparos, Lula está apontando uma arma para uma pessoa não identificada com a mensagem acima “Atire no ladrão”. Após atirar, Crestani vai até o alvo, destruído pelos tiros, e diz para a câmera: “Agora não sei qual que é o ladrão aqui. Pegou tiro em tudo que é lado. O ladrão é o de lá ou de cá? Bota aí nos comentários”.

No pedido de providências encaminhado à Corregedoria da PF, o delegado da Polícia Federal responsável pela segurança do petista, Andrei Augusto Passos Rodrigues, solicita também a abertura de inquérito para investigar a esposa do empresário, Patrícia, que aparece no vídeo.

O pedido é acompanhado de uma análise pericial sobre o vídeo com conteúdo de ameaça e a sua divulgação. O perito que assina o laudo ressalta a influência do empresário nas redes sociais, que conta com “dezenas de milhares de seguidores”.

Após o caso vir à tona, Crestani postou uma nota de esclarecimento em suas redes sociais em que diz não ser “a favor da violência e nem de agressões a quem quer que seja, prezando sempre pelos valores morais e pela família”.

Ele afirma que o desenho usado “está restrito às atividades internas e não deve ser entendido com qualquer outra conotação, sendo apenas usado em caráter recreativo, sem cunho político”.

Acrescenta ainda que, “embora nossa posição política seja antagônica, isto não significa em hipótese alguma que incitamos a prática de atos que desrespeitem os valores legais constituídos em nosso país”.

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