Adriane ‘protege’ abusos sexuais de Subcomandante e Marquinhos

A prefeita Adriane Lopes (Patriota) vem acumulando polêmicas quando o assunto é assédio e crimes sexuais. Primeiro, permaneceu calada quando o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) teve inquérito criminal aberto por abuso sexual, e continua mantendo a postura no caso do amigo pessoal: o subcomandante da Guarda Civil Metropolitana, Valmir Ferreira da Silva, denunciado por assédio sexual e perseguição.

Apesar de ser mulher, a prefeita Adriane Lopes não se posicionou em favor de vítimas que denunciaram o ex-prefeito. Pelo contrário, ela esteve ao lado de Trad durante a campanha de primeiro turno das eleições, e evitou comentar o assunto, mesmo quando o Paço Municipal foi alvo de operação da Polícia Civil que apreendeu

A “proteção” de Adriane e a tentativa de abafar casos de abuso sexual e assédio sexual na prefeitura, agora se estendem ao subcomandante da GCM, denunciado por alunas e alunos do curso de formação da Guarda.

Um vasto material foi obtido pelo TopMídiaNews, com direito a prints e áudios, mostram que o subcomandante da vítima curtia várias fotos da jovem nas redes sociais, sempre com elogios incompatíveis com a relação profissional. E também sempre tentava manter um contato casual fora do expediente.

A denúncia envolve o subcomandante da GCM e outros dois guardas, contra as alunas, que se preparam para serem novas agentes civis metropolitanas. Neste caso, apesar da aprovação na prova objetiva, as candidatas são avaliadas e podem ser reprovadas

Os três denunciados são servidores antigos, um deles é segurança da prefeita Adriane Lopes, outro comandante de área e o subcomandante em questão, amigo pessoal de Adriane.

Da Silva, como é conhecido disse em diversos áudios, que não “vai cair” por ser ligado a chefe do Executivo. Ele está convicto de que o processo de investigação de assédio sexual será arquivado e inclusive teria tido a garantia da corregedora Paula Barreto, e de pessoas ligadas diretamente a prefeita Adriane Lopes. (Clique aqui e veja a matéria).

Outra situação de que a prefeita estaria “protegendo” o amigo, é o fato da assessoria Jurídica da prefeitura cobrar cópia do PAD (Processo Administrativo) do subcomandante a Corregedoria da GCM.
Segundo fonte ouvida pelo TopMídiaNews, a situação caracteriza tráfico de influência, já que pela a lei 13.022, do Estatuto Geral das Guardas Municipais do Brasil, a corregedoria da GCM é independente e não cabe intromissão em seus trabalhos seja da Guarda ou da Procuradoria Geral do Município.

Reclamou

Em um dos áudios, Da Silva reclama da divulgação da investigação pela imprensa e diz que as alunas negaram a situação na corregedoria.
“Fui na Corregedoria. E vou registrar boletim de ocorrência contra os jornais que citaram ‘subcomandante da guarda’ até porque no próprio processo já ouviram as duas alunas de cada turma, um xerife e eles disseram que não tem nada. Mas passei pro Bruno [advogado] e vou entrar com processo contra essas duas mídias.”

O subcomandante indica que é “costa quente” e que nada aconteceria.

“Falei com o deputado e ele disse que confia em mim. Inclusive, guardas né, já estão mandando mensagem pra ele e dizendo que o subcomandante da prefeita Adriane está envolvido com crime. Mas o problema da guarda são os guardas, que estão mandando mensagens para a prefeita Adriane.”

Quer cabeça do secretário

Valmir xinga o secretário Valério Azambuja e diz que ele sairá do cargo. Ele também cita o assessor de imprensa como inimigo.

“Estou muito triste com isso, com a forma com que o secretário Valério [Azambuja] está fazendo as coisas. Esse Érick [assessor de imprensa] está fazendo as coisas. O secretário-adjunto [Anderson Assis], o próprio Ozael, o tanto que ajudei. Falei como Bruno, ele vai tocar pra mim e vou ficar por Terenos até dia 16 de dezembro. E espero que até meu retorno esse verme, desgraçado desse secretário Valério não vai estar mais no cargo. Nem que eu não esteja no cargo, que já coloquei a disposição.”

Denúncias de alunas

Em dezenas de prints de alunos do curso, é possível ver mensagens do subcomandante Valmir, as alunas. Ele curte de forma incessante as fotos em redes sociais e comenta sobre elas em mensagens privadas.

“Uma princesinha”, disse ele a uma.  “Pode ficar sossegada. Até amanhã, na avaliação das fotos”, comentou em outra tentando justificar o costume. “Fica difícil não fazer um elogio”, disse ele outra foto.

Em outro print o guarda Carlos Mauricio, xerife da turma, inicia diálogo com uma delas: “O que faz de bom? Você é casada?”, e continua “Ai sim heim, na academia, firme e forte”. Com a mesma aluna ele diz “achei que iria parar lá e tomar água de coco”, e depois “Fui hoje só pra ver você vibrar, mas cheguei atrasado”.

Outro xerife, o guarda Emerson Angelo, convida a aluna a ir a uma festa, e até se dispõe a buscá-la. “Estamos aqui, se quiser vir. Só os melhores. Morais pediu para não compartilhar a foto, mas se precisar vamos te buscar aí, em Terenos”.

Depois disso, a aluna recusa e diz que está em outra cidade.

Alunos homens perseguidos

Em outra imagem, um dos alunos reclama que instrutores passaram a pegar mais no seu pé, após o observarem com uma das garotas.

“Depois que me viram com a guria, começaram a pegar no meu pé. Estão sendo agressivos. Eles pensam que as alunas vão ficar babando o ovo. Aí um aluno vai lá e morde a presa deles né? Conversei com um colega que passou pela mesma situação. Agora é segurar o tempo que falta e manter o foco”.

Em outras imagens é possível ver os xerifes dos alunos também conversando com as alunas e curtindo fotos.

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