Freezer desligado por faxineiro, dando prejuízo de R$ 6 milhões, tinha defeito desde 2020 e aviso: ‘não mexa’ Rensselaer Polytechnic Institute está pedindo 1 milhão de dólares em danos e honorários advocatícios Por O Globo — Nova York, EUA 28/06/2023 04h00 Atualizado há 4 horas Instituto Politécnico de Rensselaer, em Nova York, teve prejuízo de R$ 6 milhões após amostras para estudos mantidas há 25 anos no local serem perdidasInstituto Politécnico de Rensselaer, em Nova York, teve prejuízo de R$ 6 milhões após amostras para estudos mantidas há 25 anos no local serem perdidas Reprodução / Rensselaer Polytechnic Institute O faxineiro que desligou um freezer em uma universidade americana — inutilizando culturas de células e outras amostras para estudos, algumas com 25 anos — por conta do incômodo causado pelo seu barulho ignorou um aviso no local, escrito em letras maiúsculas. O recado alertava que o equipamento estava “em reparo” e que “nenhuma limpeza era necessária”, não sendo permitido “mover nem desconectá-lo”. Incêndios no Canadá: fumaça chega a Portugal e Espanha Entenda: mudança de lei deixa sul-coreanos pelo menos um ano mais jovens ‘Grandes problemas’: vazamento em fábrica de cerveja deixa baía japonesa vermelha Local onde ocorreu o incidente, o Instituto Politécnico de Rensselaer, em Nova York (considerado a primeira universidade de pesquisa tecnológica dos Estados Unidos, fundada em 1824), está processando a empresa de limpeza Daigle Cleaning Systems, segundo a CNN. A instituição pede 1 milhão de dólares por danos e honorários advocatícios. O funcionário responsável por desligar o aparelho, no entanto, não é alvo da ação. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Fachada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) — Foto: Thiago Freitas / Agência O Globo A UERJ é considerada uma das maiores e mais prestigiadas universidades do país e da América Latina — Foto: Brenno Carvalho 7 fotos A UERJ possui campi em oito cidades do estado, sendo o maior deles localizado no bairro do Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro — Foto: Brenno Carvalho De acordo com a CNN, o freezer do laboratório continha mais de 20 anos de pesquisa, incluindo culturas de células e amostras, nas quais uma “pequena flutuação de temperatura de três graus causaria danos catastróficos”. Segundo o processo, a culpa seria da Daigle Cleaning Systems por não treinar e supervisionar adequadamente o funcionário. “O réu, por meio de sua supervisão e controle negligente, descuidado e/ou imprudente do [zelador], causou danos a certas culturas de células, amostras e/ou pesquisas no laboratório”, afirma a universidade. Entenda: ‘cocaína de morango’ vira febre em Ibiza e preocupa autoridades Segundo a CNN, o processo aponta que as culturas de células no freezer precisavam ser mantidas a -80ºC, e uma pequena flutuação de 3 graus já causaria danos. Por isso, os alarmes soariam se a temperatura aumentasse para -78ºC ou diminuísse para -82ºC graus. Professor e diretor do Baruch ’60 Center for Biochemical Solar Energy Research, que supervisionou a pesquisa, K.V. Lakshmi notou que o alerta do freezer disparou pela primeira vez em 14 de setembro de 2020, após a temperatura subir para -78°C. Apesar do alarme, Lakshmi e sua equipe determinaram que as amostras de células estariam seguras até que reparos de emergência fossem feitos. Enquanto o reparo não ocorriam, Lakshmi providenciou travas de segurança ao redor do aparelho e colocou avisos para que a tomada não fosse desligada. “ESTE CONGELADOR ESTÁ APITANDO PORQUE ESTÁ EM REPARO. POR FAVOR, NÃO MOVER NEM DESCONECTÁ-LO. NENHUMA LIMPEZA NECESSÁRIA NESTA ÁREA. VOCÊ PODE PRESSIONAR O BOTÃO DE SILENCIOSO DE ALARME/TESTE POR 5-10 SEGUNDOS SE QUISER SILENCIAR O SOM”, dizia o aviso, de acordo com o processo. James Webb: telescópio detecta, pela primeira vez no espaço, molécula essencial para a vida No dia 17 de setembro, o faxineiro ouviu o que chamou de “alarmes irritantes”, segundo o processo, e desligou os disjuntores que controlavam o fornecimento de eletricidade ao freezer. O funcionário disse que a temperatura do freezer subiu para -32°C. Segundo a CNN, os estudantes de pesquisa encontraram o freezer desligado no dia seguinte, e, apesar das tentativas de preservar a pesquisa, a maioria das culturas foi “comprometida, destruída e tornada irrecuperável, demolindo mais de vinte anos de pesquisa”. 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O faxineiro que desligou um freezer em uma universidade americana — inutilizando culturas de células e outras amostras para estudos, algumas com 25 anos — por conta do incômodo causado pelo seu barulho ignorou um aviso no local, escrito em letras maiúsculas. O recado alertava que o equipamento estava “em reparo” e que “nenhuma limpeza era necessária”, não sendo permitido “mover nem desconectá-lo”.