Após casos de violência, Alemanha exige passaporte para usar piscinas ao ar livre de Berlim

Na porta de uma das piscinas públicas, o alemão Bahmann tenta entrar mas é impedido. Ele está sem seu passaporte. O documento tornou-se obrigatório para a entrada nesses centros de lazer da capital alemã após diversos casos de violência.

O controle de identidade é apenas uma das medidas adotadas para reduzir os problemas. O número de funcionários de segurança aumentou, as piscinas passaram a bloquear a entrada de pessoas acima de sua lotação e grupos de policiais entram para fazer patrulha nas dependências das piscinas.

Para Jasmin, isso é tranquilizador. “Não me importo com isso, pois assim podemos ter certeza de que não haverá problemas lá dentro. Você se sente mais seguro se tiver que mostrar sua identidade na porta”, explica ela.

Muitas brigas

 

Nos últimos tempos, diversas brigas e tumultos acontenceram em uma das principais piscinas ao ar livre de Berlim, no bairro operário de Neukölln.

Em uma carta para a gerência, os funcionários reclamaram das difíceis condições de trabalho, em que tinham de lidar com frequentes ameaças, insultos e até cusparadas. Segundo os trabalhadores, manter a ordem era tarefa impossível.

A piscina teve de fechar temporariamente, quando diversos funcionários entraram em licença médica após um grande tumulto.

O controle de identidade, para alguns nadadores, não resolve o problema. “Pode ajudar de vez em quando, mas, a longo prazo, não resolve o problema”, diz um dos usuários. “Se há brigas generalizadas, é preciso fazer um pouco mais do que isso. Mostrar seu passaporte só servirá para aumentar as filas”, considera o frequentador assíduo da piscina.

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