Mesmo com desaceleração, economia brasileira terá ano melhor que o esperado, dizem analistas
A economia começou o segundo semestre em ritmo um pouco melhor do que o esperado. O IBC-Br, calculado pelo Banco Central (BC) e considerado uma espécie de termômetro ou “prévia do PIB”, registrou alta de 0,44% em julho. O resultado veio acima da expectativa do mercado, que apontava alta de 0,3%.
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Com um desempenho mais forte da economia no período de janeiro a junho, impulsionado em boa medida pelo agro, economistas já têm como consenso que o segundo semestre terá uma perda de fôlego na atividade econômica. A novidade é que a expectativa agora está sendo revista para uma desaceleração mais branda.
O indicador do BC leva em conta estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, mas não mensura o lado da demanda, como o consumo das famílias e o do governo, considerados no cálculo do PIB.
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— Este resultado sintetiza os indicadores de atividade do IBGE. A indústria caiu 0,6%, os serviços avançaram 0,5% e o varejo, 0,7% — disse o economista André Perfeito.
O desempenho acima das previsões foi divulgado no dia seguinte à revisão do próprio governo para o crescimento da economia este ano. Na segunda-feira, o Ministério da Fazenda elevou sua projeção de 2,5% para 3,2% após expansão acima das expectativas do PIB no período de abril a junho.