Análise: Bahia resiste ao Athletico e vive noite dos sonhos para voltar ao G-4 do Brasileirão

Ao vencer o Athletico por 3 a 1 na Ligga Arena, o Bahia viveu uma noite dos sonhos e – mais uma vez – reafirmou que briga mesmo pelas primeiras posições do Campeonato Brasileiro. De uma vez só, o Tricolor somou três pontos fora de casa, rodou o elenco e mostrou a efetividade ofensiva que vinha sendo cobrada. Dava para pedir mais em uma noite de quarta-feira? [assista aos melhores momentos no vídeo abaixo].

Depois de quatro jogos com o mesmo time titular, Rogério Ceni mudou peças no onze inicial do Bahia e deu descanso para alguns jogadores que vinham de longa sequência. Caio Alexandre, Everton Ribeiro e Thaciano foram substituídos respectivamente por Rezende, De Pena e Biel.

Nem os novos jogadores, nem o fato de jogar fora de casa, mudaram o jeito do Bahia atuar. Ao seu estilo de troca de passes e domínio no meio de campo, o Tricolor começou melhor e não demorou para abrir o placar com Everaldo. O camisa nove estufou as redes após jogada trabalhada entre Jean Lucas e Biel, aos nove minutos.

Cinco minutos depois, o trio articulou mais um lance de gol. Desta vez Everaldo achou Jean Lucas na ultrapassagem pelo lado direito, e do camisa seis saiu o passe na medida para Biel fazer o segundo do Bahia na Ligga Arena. Naquela altura, o Tricolor chegou a ter 80% de posse de bola [assista aos gols do jogo no vídeo abaixo]

A partir da maior vantagem no placar, o jogo ganhou um novo contexto, e um novo roteiro. O Athletico avançou as linhas de marcação e valorizou mais a posse de bola.

Por um lado, o Bahia ganhou campo para contra-atacar e levou perigo com transições em velocidade. Biel foi quem esteve mais perto de marcar o terceiro. Por outro, o Tricolor também passou a sofrer um pouco lá atrás. Mas de maneira geral, o time suportou bem a pressão do CAP. A exceção foi uma saída errada de Carlos de Pena.

Sufoco no segundo tempo

No segundo tempo, o Bahia encontrou um Athletico mais organizado e disposto a recuperar o prejuízo. Os donos da casa colocaram o Tricolor nas cordas logo na volta do intervalo, e mesmo com um Marcos Felipe em noite inspirada, conseguiram diminuir o prejuízo aos 14 minutos.

Ao ver o time acuado e a vantagem no placar mais curta, Rogério Ceni reagiu com uma mudança tripla. Everton Ribeiro, Thaciano e Ademir foram para campo nas vagas de Carlos de Pena, Everaldo e Biel. O gás renovado serviu ao menos para segurar um pouco o ímpeto do Athletico.

O que tirou o Bahia do buraco mesmo foi a bola parada. Aos 31 minutos, ainda com o Tricolor em apuros, Luciano Juba cobrou falta e viu a bola desviar na barreira antes de morrer no fundo das redes. Um gol que trouxe alívio e ofereceu o conforto que o Esquadrão precisava para sobreviver aos minutos finais.

Saldo final

A escalação para o jogo mostrou a rotação do elenco. Com a bola rolando, os três gols marcados em sete finalizações tentadas (cinco certas) foi prova da eficiência ofensiva. E o apito final confirmou os três pontos fora de casa. Uma noite dos sonhos para um Bahia que volta ao G-4 do Brasileirão, e, nesta quinta-feira, seca o São Paulo para continuar por lá.

Depois de dois jogos seguidos como visitante, o Tricolor reencontra o seu torcedor neste sábado. O adversário é o Cuiabá, em jogo marcado para as 16h (horário de Brasília), na Casa de Apostas Arena Fonte Nova.

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