Bebê afogada em bacia pela mãe volta a ser internada em Campo Grande

Após quinze dias em casa, a bebê, de 10 meses, afogada em uma bacia pela própria mãe, de 31 anos, precisou ser internada novamente em Campo Grande. A tentativa de assassinato aconteceu em São Gabriel do Oeste, a 133 quilômetros da capital.

Na última terça-feira (5), a criança precisou ser internada novamente, sendo transferida de São Gabriel do Oeste, em emergência, para o Hospital Regional de Campo Grande, com quadro de pneumonia.

A avó contou ao Jornal Midiamax que a internação foi de emergência, devido à bebê estar com convulsões frequentes e pressão desregulada. “Os médicos estão tentando vários medicamentos, ela está com pneumonia e muitas crises convulsivas”, disse.

Solidariedade

Atualmente, sem receber nenhum auxílio, a avó contou ao Jornal Midiamax que precisa de ajuda para se manter. Segundo ela, atualmente a criança está utilizando 14 medicamentos, sendo que alguns não estão sendo disponibilizados pela rede pública. Para isso, a avó pede a ajuda da população.

 

“Ela toma 14 medicamentos aqui no Regional, alguns não são baratos, e eu não estou recebendo nenhum auxílio. Tenho que pagar água, luz e aluguel, tudo é gasto, é difícil”, lamentou.

Mas, para a avó, qualquer ajuda é bem-vinda, visto que no momento não está podendo trabalhar. “Qualquer valor que as pessoas deem, com pouquinho de cada um, consigo me manter”, disse.

Para ajudar, pode entrar em contato no (67) 99637-0728.

Defesa da mãe alegou insanidade mental

No dia 18 de setembro, a mãe da bebê foi denunciada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), e a denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário. Na última segunda-feira (14), a defesa – representada pela Defensoria Pública – apresentou resposta à acusação.

A defensoria pediu a relativização do prazo para arrolar testemunhas, visto que não houve contato direto da defesa com a acusada. “De modo a permitir que esta indique outras testemunhas, se assim o desejar”, requereu.

Por fim, a defesa também se manifestou sobre a suspeita de problemas psiquiátricos que acometem a acusada, apontados durante as investigações. “Requer a instauração de incidente de insanidade mental, em respeito à regra dos artigos 149 e seguintes do Código de Processo Penal”, solicitou a Defensoria.

Afogamento da bebê

De acordo com informações passadas à PM (Polícia Militar) pela avó da bebê, no dia 3 de setembro, ela saiu por alguns instantes, deixando a filha sentada na varanda da casa e a bebê dormindo em um quarto. Ao retornar, a mulher percebeu que a filha estava no mesmo lugar.

No entanto, ao entrar no quarto, não viu a neta. Ela foi procurar pela bebê e a encontrou dentro de uma bacia com água, com a cabeça virada para baixo. Em desespero, a avó saiu correndo com a bebê no colo, pedindo ajuda.

Ela e a bebê foram levadas para o hospital da cidade e, em seguida, a criança foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande. Antes da transferência, a bebê sofreu uma parada cardiorrespiratória e teve de ser entubada.

A mãe da bebê foi presa em flagrante e confessou o crime. Ela afirmou ser usuária de drogas e disse que estava brincando com a filha na cama. Quando a avó saiu, ela resolveu afogar a criança.

Ela ainda afirmou que estava brigando muito com sua mãe, que a havia mandado embora. A autora contou também que sua filha é cardiopata e, como ela tem problemas com drogas e psiquiátricos, achou que não conseguiria cuidar da bebê. Assim, sem condições de cuidar da criança, resolveu dar fim à vida da filha.

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