Odor terrível’: Moradores voltam a reclamar de mau cheiro da JBS e MPMS pede novo laudo do Imasul
A ‘novela’ dos moradores do bairro Nova Campo Grande e imediações com mau cheiro que estaria sendo exalado pelo frigorífico da JBS continua. Nova denúncia de forte odor foi oficializada ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que anexou a reclamação nos autos de Inquérito Civil que monitora a situação.
A unidade frigorífica localizada na Avenida Duque de Caxias também foi alvo de protestos de moradores, audiência pública e até uma reunião para ‘intervenção’ feita entre vereadores e representantes do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), responsável pela fiscalização de questões ambientais.
Dessa forma, diversas melhorias foram exigidas pelo órgão ambiental para que houvesse a renovação da licença ambiental. No entanto, nova denúncia pode barrar essa renovação.
“Hoje, dia 6 de novembro de 2024, às 23h30, passamos a sentir um odor terrível de fezes, proveniente da produção da empresa JBS […] Já é a segunda vez na semana que isso ocorre, e está insuportável. Não podemos permitir que uma empresa torne refém toda uma população do mau cheiro de sua produção”, diz a denúncia feita por morador devidamente identificado.
Ainda no bojo do Inquérito Civil, instaurado em maio deste ano, a promotora Luz Marina Borges Maciel Pinheiro solicitou parecer do Imasul sobre o PAM (Plano de Monitoramento) apresentado pela JBS. “Se já foram analisados e, em caso positivo, quais as conclusões obtidas”.
A reportagem acionou a JBS para se manifestar sobre a situação, mas não obteve resposta até esta publicação. Mas, o espaço segue aberto para posicionamento.
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Forte odor volta a atormentar moradores do Nova Campo Grande
“Péssimo o odor do curtume e também do aterro sanitário. Quando muda o tempo e começa a chover piora”, diz um morador ao Jornal Midiamax. O problema do mau cheiro na região é antigo. Conforme apurado pela reportagem, o número de ações individuais de moradores contra a indústria pode chegar a 200.
Outros moradores ouvidos pela reportagem confirmaram relatos de trégua ‘por pouco tempo’, mas que os episódios de forte odor se intensificaram desde meados de outubro.
A situação é um problema que afeta tanto a vida dos moradores, que muitos se mobilizaram e ajuizaram cerca de 200 ações pedindo indenização por conta do problema.
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Córrego Imbirussu poluído pela JBS estará recuperado somente em 2030, aponta Imasul
Poluído após derramamento de efluentes (detritos) provenientes do frigorífico JBS, o solo em torno do córrego Imbirussu, que margeia a indústria, estará completamente restaurado somente em 2030, ou seja, daqui a seis anos. O vazamento seria um dos motivos do forte odor exalado pela planta frigorífica na região.
O projeto para recuperação da área só foi iniciado pela gigante de alimentos – que lucra R$ 27,5 bilhões por mês – após fiscalização do Imasul flagrar a irregularidade ambiental, em fevereiro deste ano.
Na ocasião, a JBS foi multada em R$ 100 mil e autuada no sentido de promover a regularização de oito pontos pendentes. Entre eles, o mais sensível, que é o item 6 do relatório do Imasul: “Providenciar projeto de recuperação para áreas afetadas pelo extravasamento do efluente, tanto dentro do empreendimento sob as coordenadas 21k 739474 7736000, quanto próximo ao emissário sob as coordenadas 21k 738912 7735433 adjacente ao corpo hídrico”.
Então, conforme o cronograma do programa de recuperação das áreas afetadas, que foi iniciado em abril, segundo ofícios enviados pela JBS ao Imasul, a última etapa está prevista para 2030.