Após negar apoio a Lula, PCB aprova neste sábado candidatura de Sofia Manzano à Presidência
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) oficializa na manhã deste sábado (30), durante convenção nacional em São Paulo, a escolha da professora Sofia Manzano como candidata à Presidência.
Pela quinta eleição seguida, o PCB decidiu rejeitar aproximação no primeiro turno com o Partido dos Trabalhadores. O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, lidera a disputa ao Palácio do Planalto com 47% das intenções de votos, de acordo com a última pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (28).
Para o PCB, o PT e, em especial o candidato do partido à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, aproximaram-se da direita desde o segundo mandato de Lula à frente do Palácio do Planalto.
Em entrevistas recentes, Sofia Manzano chegou a dizer que Lula faz campanha com um discurso “despolitizado”.
Chapa
A previsão é que o PCB também anuncie neste sábado (30) o nome de Antônio Alves para vaga de vice-presidente.
A chapa tem entre as propostas o fim do Senado Federal, a criação de um Congresso unicameral, e o congelamento do preço dos itens da cesta básica. Sofia e Alves encampam também a revogação da cláusula de barreira, que limita o número de partidos, e da última reforma eleitoral.
Outra proposta é a redução da jornada de trabalho semanal para 30 horas sem a redução do salário real.
Histórico
Sofia Manzano nasceu em 1971, em São Paulo. Economista e professora, se filiou ao PCB em 1989, aos 17 anos. Nos anos seguintes, atuou no movimento estudantil na PUC-SP.
Em 2014, foi candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Mauro Iasi (PCB). A dupla ficou em penúltimo lugar, com 47.845 votos (0,05%).
O parceiro de chapa de Sofia, Antônio Alves, é jornalista e ainda não tem experiência eleitoral. Ele começou na política por meio do movimento sindical. Em 2018, foi coordenador da campanha de Fausto Ripardo, candidato ao Senado pelo Piauí.