Candidatos prometem equilíbrio fiscal com gestão e transparência em MS

Os candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul afirmam que, para garantir o equilíbrio fiscal, o gestor deve se aliar a práticas eficazes de administração, focar em transparência, programas anticorrupção, e modernização dos programas e setores.

Em mais uma matéria da série de entrevistas do TopMídiaNews, a pergunta foi: como garantir um equilíbrio fiscal aos cofres e suprir as demandas na administração, e da população?

Os candidatos indicaram diversos programas que visam modernização dos setores e integração, investimento em transparência.

Candidatos como Rose Modesto (União) e Marquinhos Trad (PSD) indicaram que não há equilíbrio em ter-se um Estado superavitário enquanto as pessoas passam necessidades. Ambos querem equilibrar a questão da desigualdade social.

Veja a resposta de cada candidato na íntegra:

Rose Modesto- União Brasil

Com gestão. Mas gestão de verdade. Falamos um pouco sobre isso na questão sobre impostos. Precisamos de eficiência. Estamos em um estado rico, superavitário. Foi R$ 1,9 bilhão de superavit em 2020 e R$ 1,8 bilhão em 2021, conforme dados da Sefaz entregues ao TCE em balanço patrimonial. Dinheiro existe, só precisa gerir melhor e querer suprir essas demandas. Por isso a ideia central da minha campanha é cuidar da nossa gente.

Todas as questões para garantir esse equilíbrio fiscal vão passar, claro, pela responsabilidade que sabemos que teremos com o governo e a população, mas também pelo programa MS Tem Gestão, que vai modernizar e integrar muita coisa que ainda não está assim, além de promover a automação de várias questões onde isso é possível.

Dentro desse macroprograma, há ideias como o De Olho nas Contas, que prega a austeridade nas contas públicas como princípio, além do MS Transparência, Servidor Motivado, MS Fisco Justo, Participa Fundersul e o Orçamento Popular.

Esses dois últimos são fundamentais em nossa política, pois vão possibilitar a participação direta da população. No caso do Participa Fundersul, os produtores contribuintes do fundo vão poder acompanhar com mais transparência e participar das destinações dos locais para onde vão os recursos. Já o Orçamento Popular vai contar com as entidades representativas da população na escolha dos investimentos de maior prioridade.

Adonis Marcos- federação Psol/Rede

Não há soluções mágicas, nem instantâneas. Precisamos fazer uma grande repaginação na gestão pública estadual, fortalecendo os setores necessários ao nosso desenvolvimento e, aos poucos, equilibrar a máquina pública, até o ponto onde ela se torna eficiente e autossustentável.

André Puccinelli-MDB

Equilíbrio fiscal é importantíssimo para que o estado mantenha o ritmo de investimentos e não se perca em populismos de ocasião que mais tarde cobrará a conta, prejudicando principalmente a população mais pobre, a maior vítima dos descontroles governamentais.

Por outro lado, há a necessidade de se fazer uma política de incentivos fiscais que atraia empresas e indústrias, e com isso gerarmos empregos  e novas receitas para o estado.

Marquinhos Trad (PSD)

Agindo com responsabilidade, fazendo a gestão do recurso público sem sacrificar a população. O governo não pode aumentar impostos para dizer que está com as contas em dia. Dizer que é superavitário enquanto as pessoas passam fome. Vamos promover o equilíbrio com muita responsabilidade, cumprindo a função principal, que é oferecer serviço de qualidade para nossa gente.

Capitão Contar (PRTB)

O que precisamos fazer é um reequilíbrio fiscal. Quando você impede a corrupção e enxuga a máquina pública, sobra espaço para reduzir impostos que hoje oneram demais o bolso do cidadão. É só não deixar roubar, que consigamos equilibrar os dois lados.

Nosso  plano de governo propõe o fortalecimento de investimentos aliado à redução de impostos. Duas necessidades atendidas com uma única meta: o aumento da base arrecadatória advindo de novos negócios e empreendimentos incentivados pela administração pública estadual. Outro ponto que destacamos, é a modernização da máquina pública, que irá trazer economia do dinheiro do contribuinte e para os cofres públicos.

Eduardo Riedel (PSDB)

Fui um dos artificies da modernização do Estado sul-mato-grossense. No comando da equipe de Governo, transformamos Mato Grosso do Sul em um dos estados com a máquina pública mais enxuta, reduzindo secretarias, modernizando procedimentos, valorizando o servidor.

Incrementar esta estratégia será fundamental nos próximos anos. Meu objetivo é tornar o Estado ainda mais funcional, mais moderno.

Em 2014, o primeiro escalão do governo de Mato Grosso do Sul contava com 15 secretarias. Três anos depois, em 2017, a reforma administrativa reduziu a máquina administrativa de 13 para 10 pastas. Esta adequação foi fruto de muito planejamento, muito trabalho e dedicação nos últimos sete anos e meio. Encontramos um estado inchado e ineficiente, como a maioria dos estados brasileiros.

Nós começamos acabando com o desperdício e reduzindo o custo da máquina. O objetivo em vista era o de abrir espaço para investimentos, porque o recuso é um só: ou você investe no que a população mais precisa, ou você gasta com o próprio governo. Na minha opinião, esta última opção não faz sentido algum. A gente teve que enfrentar a reforma administrativa para poder mudar esta realidade. Cortamos gastos, diminuímos secretarias, tiramos privilégios e isso deu resultado, valeu a pena.

Hoje o Mato Grosso do Sul é o Estado que mais devolve para a população aquilo que arrecada. Foi trabalhoso, difícil, mas nós encaramos e realizamos. O nosso objetivo central neste período sempre foi gastar menos com a máquina do Estado para podermos gastar mais com as pessoas. E vai continuar sendo assim.

Os candidatos Magno Souza (PCO) e Giselle Marques (PT) não enviaram as respostas.

 

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