Depois de três semanas de campanha, rejeição preocupa equipe de Bolsonaro
Depois de três semanas de campanha e novas rodadas de pesquisas de intenção de voto, a rejeição alta e estável preocupa a equipe do comitê de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
No Datafolha divulgado nesta quinta-feira (1º), Bolsonaro oscilou um ponto na rejeição, indo de 51% para 52%, enquanto Lula (PT) foi de 37% para 39%.
O índice de rejeição de Bolsonaro vinha caindo gradualmente, saindo no Datafolha de 56% para 51%, mas no último levantamento ficou estável e oscilou para cima, ficando nos 52%.
O número é semelhante aos levantados pelas pesquisas internas do comitê e acende um sinal de alerta. Afinal, uma rejeição acima de 50% torna praticamente impossível a reeleição do presidente da República.
A equipe de Bolsonaro tem dados diferentes e prefere apostar nesses números. A diferença nas pesquisas internas é de cinco pontos, segundo integrantes do comitê da reeleição. No Datafolha, ela é maior, de treze pontos a favor de Lula, mas caiu em relação ao último levantamento, quando estava em quinze pontos. Na última pesquisa Ipec, divulgada nesta semana, a diferença é de doze pontos.
A rejeição elevada será usada pelos assessores de Bolsonaro a convencê-lo a evitar, nas comemorações de Sete de Setembro, arroubos autoritários e ataques às urnas eletrônicas em Brasília e no Rio de Janeiro.
Ele vai participar de eventos nas duas cidades na próxima quarta-feira. As pesquisas do comitê indicam que o presidente perde votos quando ataca as urnas e o sistema eleitoral brasileiro.
O comitê da reeleição vai usar as próximas semanas, principalmente no programa de rádio e TV, para reduzir essa rejeição. A missão é chegar ao segundo turno, que virou uma possibilidade real pelo último Datafolha, com uma rejeição caindo, abaixo de 50%, para tentar uma virada na fase final da eleição.