Atlético-MG finaliza muito no Brasileiro, mas peca em eficiência; veja comparativo com rivais do G-6

Não é por falta de finalização. Falta eficiência. O Atlético-MG é o segundo time que mais arremata no Campeonato Brasileiro. Porém, no ranking de aproveitamento não figura em destaque. Um dos motivos para a campanha irregular do clube na competição.

Em levantamento feito pelo Espião Estatístico, do ge, o Galo soma 427 finalizações, nas 26 rodadas disputadas. Apenas o líder Palmeiras concluiu mais a gol: 432.

Porém, quando se avalia a eficiência das equipes, o Atlético fica bem abaixo. Enquanto os paulistas têm 43 gols marcados, os mineiros possuem 34. Ou seja, o Palmeiras faz um gol a cada 10,05 finalizações. Já o Galo a cada 12,56.

A produtividade do Atlético também está abaixo dos outros integrantes do G-6, seus principais rivais nesta reta final do Brasileirão. Fora das copas, o Galo mira presença na zona de classificação à próxima Libertadores, de preferência uma vaga direta à fase de grupos, hoje o G-4, mas que pode ser ampliado, assim como o G-6, até o fim da temporada.

Internacional (2º colocado), Flamengo (3º), Fluminense (4º), Corinthians (5º) e Athletico-PR (6º) finalizam menos que o Atlético, mas têm melhor efetividade. Quem precisa de menos arremates para balançar as redes é o Inter: 8,27 finalizações. Veja abaixo o quadro comparativo entre o Galo e os adversários do G-6

O zagueiro Junior Alonso analisou esse momento do time. Desde a chegada de Cuca, há nove jogos, ele vê o Atlético melhor nas partidas, porém, pecando nas finalizações.

– Tirando o primeiro tempo contra o Internacional, a gente jogou sempre melhor, com maior posse, mais finalizações. Estamos tendo talvez um pouco de má sorte, porque temos 20, 22 finalizações por jogo e fazemos um gol. O adversário chega duas vezes e faz um gol

Em entrevista coletiva, após o empate com o Bragantino, por 1 a 1, no Mineirão, na rodada passada, o técnico Cuca foi questionado sobre o que falta para o time acertar a finalização das jogadas. Citou o emocional como um dos obstáculos para a tomada de decisão dos atletas.

– Em Goiânia, tivemos mais de 12 finalizações e fizemos dois gols. Contra o Bragantino, mais de 20 e fizemos um. Não se trata de falta de trabalho, é muito do emocional. Eu joguei, eu me lembro que, muitas vezes, quando estava em momento ruim, para mim, era mais complicado fazer o simples. Nós temos grandes jogadores que podem render muito mais e não estão rendendo. Mas não é porque não querem. É que o emocional. Não importa se você tem 18, 20 ou 35 anos, o emocional joga lá dentro.

O Atlético volta a campo neste sábado. Enfrenta o Avaí às 16h30 na Ressacada. O Galo, sétimo colocado, busca reação para se aproximar do G-6. Os catarinenses estão na zona de rebaixamento, na 18ª posição.

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