Projeções apontam vitória da direita radical na Itália, e Giorgia Meloni pode ser premiê
Projeções da eleição na Itália divulgadas neste domingo (25) –madrugada de segunda-feira (26) no horário local) apontam que a coalizão de direita formada pelo partido pós-fascista Irmãos da Itália (Fratelli d’Italia, FDI), de Giorgia Meloni, a Liga de Matteo Salvini e Forza Italia (FI) do magnata Silvio Berlusconi – deve sair vencedora das eleições nacionais.
Segundo informações da rede RAI, o bloco conservador teve entre 41% e 45% dos votos e deve controlar as duas casas do parlamento italiano, de acordo com uma pesquisa de boca de urna. O resultado final das eleições deve ser conhecido na madrugada da segunda-feira (26) no Brasil –manhã de segunda na Itália.
Já ma projeção da YouTrend para a distribuição dos assentos na Câmara dos Deputados e no Senado italianos aponta que a coalizão de direita deve conseguir eleger 236 deputados do total de 400, e 117 senadores do total de 200.
O Partido Democrata (PD), maior partido de centro-esquerda do país, reconheceu a derrota antes do resultado final e afirmou que será a maior força de oposição dentro do próximo parlamento.
“É uma noite triste para o país. Eles (a direita) têm a maioria no parlamento, mas não no país”, disse Debora Serracchiani, parlamentar sênior do PD, no primeiro comentário oficial do partido sobre o provável resultado.
Eleições acontecem na Itália em 25 de setembro de 2022 — Foto: Remo Casilli/REUTERS
A aliança com maior quantidade de parlamentares eleitos nomeia o primeiro-ministro. Se os resultados se confirmarem, o país está a caminho de ter uma primeira-ministra de extrema direita, Giorgia Meloni.
Essa é a primeira eeição a ser realizada desde que foram adotadas mudanças constitucionais que reduziram o tamanho das duas câmaras parlamentares. Também ocorre no momento em que a terceira maior economia da União Europeia, uma das mais endividadas, tenta lidar com a disparada dos preços da energia, as taxas de juros crescentes e as consequências da invasão russa da Ucrânia.
Essas eleições são diferentes das últimas no país, já que apresentam uma série de desafios em questões econômicas e políticas.