O teto do Inter

Mano Menezes é o condutor da campanha acima da expectativa de qualquer colorado ou colorada quando começou o campeonato. Havia fundadas razões para o temor do rebaixamento. Agora, a vaga direta de Libertadores é possibilidade real, mesmo que o empate em casa contra o Bragantino tenha sabor insosso e a noite terminasse expondo o teto do Inter.

Enquanto o Palmeiras vencia o Atlético-MG no Mineirão e se tornava virtual campeão brasileiro, o time colorado esbarrava na atuação miúda de Alan Patrick, centro criador, que foi marcado intensamente e não conseguiu responder com energia à marcação. A estratégia de Mano era fazer o contexto beneficiar seu jogador mais criativo. Quando ele sucumbe, todo resto sofre prejuízo

É neste momento que volta a pesar sobre Edenílson a diferença entre o que entrega e o que se espera dele. Mano errou ao não tirá-lo no intervalo. Fez mau primeiro tempo, o capitão. Poderia ter saído para entrar Maurício sem viver o péssimo desempenho do segundo tempo em que sua performance piorou. A torcida, tirando exageros que atinjam o lado humano, vaiou com força porque, nu e cru, Edenílson jogou muito mal de novo.

A vaia a seu desempenho não era injusta, mas ele não precisava passar por isso. A posição no G-4 é confortável, o empate não põe abaixo o que o Inter construiu até agora. Mas o teto bateu. Não é teto baixo, o Inter deverá ter vaga direta de Libertadores. Para o que se desenhou antes de Mano chegar, melhor fechar o acordo já.

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