Almir Sater diz que a música é ‘ciumenta e possessiva’ ao falar sobre vida de músico e ator
Mesmo que queira, o cantor e compositor sul-mato-grossense Almir Sater não consegue fugir das comparações entre ser músico e ao mesmo tempo ator. Por onde passa há sempre uma pergunta sobre as influências da telenovela em sua trajetória de cantor e compositor, ou vice-versa.
Ao ser questionado a respeito da sua participação em Pantanal e se esse tipo de produção o inspira, Sater educadamente, mas sem titubear, deixa transparecer sua preferência ao afirmar que sua participação em dramaturgia televisiva às vezes até atrapalha. As revelações aconteceram durante uma entrevista coletiva em Dourados.
“É bom para divulgar meu trabalho [novelas]. Mas o que inspira mesmo é se dedicar a ela [a música]. A música é um pouco ciumenta. Um pouco possessiva. Se você larga, ela também te larga um pouco. Então tento me dedicar ao máximo”, revela o compositor, cantor e também ator.
Com a voz tranquila e serena, ao falar da carreira, Almir deixa a humildade aflorar. “Eu não pensava nem em ser músico profissional. Pois achava um sonho muito distante. Mas insisti. A viola caipira me abriu portas. Estou produzindo […] e procurando meu som. Acho que tô na metade do caminho já”, justifica o artista, ao se revelar um aprendiz do ofício musical.
Almir também fez declarações de amor ao Mato Grosso do Sul ao falar do carinho dos fãs. “O meu estado sempre me prestigiou e prestigia os artistas. E isso é muito importante”, ressaltando que ‘é bom tocar no lugar da gente’.
“Esse é o lugar onde nasci e onde aprendi os primeiros acordes. Minhas influências musicais são daqui. As pessoas que inspiraram a tocar são músicos daqui. Eu devo muito ao MS e quero sempre tocar aqui”, justifica Sater, que fez show na maior cidade do interior em comemoração aos 30 anos da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).