WhatsApp: 7 dicas para pequenos negócios venderem mais usando o aplicativo

O Whatsapp é a plataforma mais utilizada por pequenos negócios que vendem online, sendo usado por 84% dessas empresas, segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Para aproveitar as facilidades que a plataforma oferece, os especialistas são unânimes: é preciso usar a versão Business do aplicativo, também gratuita e criada exatamente para atender as necessidades de pequenas empresas (veja todas as funcionalidades ao final da reportagem).

Com a ferramenta, os empreendedores estão em um aplicativo que é aberto muitas vezes ao dia pelas pessoas, por isso é uma grande oportunidade de vendas. Mas é preciso cuidado nessa interação para criar mais conexão com clientes e, aí sim, vender mais.

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g1 ouviu especialistas para dar dicas de como usar o aplicativo da melhor forma. Confira abaixo:

1- Saiba atrair e fidelizar os clientes

 

Para Maurecy Moura, especialista em vendas por meios digitais, o primeiro passo é trabalhar para conquistar clientes – e essa fase acontece fora do WhatsApp.

“Tem que construir uma base de clientes novos. Por isso, é primordial estruturar a empresa no Instagram, no Facebook, ou em qualquer outra plataforma que seja uma vitrine dos produtos”, orienta Maurecy.

 

Para isso, ele dá algumas dicas:

  • No Instagram, produza conteúdo em lives, stories e publicações no feed, faça enquetes ou caixas de perguntas para as pessoas interagirem. Isso será um diferencial;
  • A partir disso, os clientes poderão entrar em contato para perguntar preços ou tirar dúvidas. É nesse momento que o cliente pode ser direcionado para o WhatsApp;
  • Quem tem site pode deixar um link direto para o aplicativo. Muitas pessoas têm dúvidas e receio por comprar nessas plataformas e buscam um contato direto para finalizar a compra.

 

“Com o contato do cliente, o empreendedor tem o ouro na mão e precisará ser criativo para fidelizá-lo”, afirma.

 

2- Não seja invasivo

 

Uma regra para uma convivência harmônica no espaço virtual: é preciso entender que o celular é um canal de comunicação pessoal, portanto, o relacionamento com o cliente não pode ser invasivo.

“Pedir permissão para enviar mensagens ou colocar o cliente em um grupo, respeitar horários de envios e frequência razoável são pontos que evitam o bloqueio da conta pelos clientes”, explica Ivan Tonet, analista de competitividade do Sebrae.

 

3- Crie uma boa relação com seu cliente

 

Uma vez que o cliente entrou em contato pelo WhatsApp, ele já possui alguma noção de produto ou oferta que a marca oferece. E se ele está lá, é porque se interessou. Nesse momento, o empreendedor tem o papel de fazer um atendimento consultivo.

“Tire dúvidas, sugira outros produtos e se aproxime ao máximo do cliente, como um amigo mesmo. Esta é a construção de relacionamento ideal para a fidelização. Se o cliente está indeciso ou com muitas dúvidas, é preciso dedicar um tempo para atendê-lo”, diz Maurecy.

 

4- Ofereça outros produtos e condições especiais

 

Durante o atendimento consultivo, também há a oportunidade de fazer um “cross sale”, que é oferecer um produto complementar àquele que está sendo adquirido. Por exemplo, oferecer um cinto que fará par com uma bolsa. Isso garante uma taxa de conversão maior.

Maurecy dá outra dica: também é interessante oferecer condições diferenciais se a pessoa escolher levar mais produtos, como parcelamento em mais vezes sem juros, frete grátis ou desconto no pagamento à vista pelo PIX.

5- Crie listas de transmissão

 

A lista de transmissão é excelente para engajar clientes e enviar novidades em primeira mão. O recurso permite enviar uma mensagem para diversos contatos de uma só vez. Mas um alerta: é preciso ter conteúdo relevante, como promoções, serviços, dicas, e frequência que não incomode, mas permita estar constantemente presente.

Davi Rocha é produtor de hortaliças e legumes orgânicos em Siqueira Campos, no Paraná, e começou a usar o WhatsApp Business no começo da pandemia, quando a demanda por seus produtos despencou.

Ele usa o aplicativo para enviar a lista de produtos disponíveis para venda no seu negócio, o Rancho do Abreu, e tem 3 listas de transmissão: 1 diária, 1 semanal e 1 mensal.

“Desde que comecei a usar a lista de transmissão meus clientes fixos passaram de 5 para 38, sem contar os que consomem esporadicamente”, comemora Davi.

 

Exemplo de uma mensagem enviada por lista de transmissão para os clientes do produtor rural Davi Rocha — Foto: Reprodução WhatsApp

Exemplo de uma mensagem enviada por lista de transmissão para os clientes do produtor rural Davi Rocha — Foto: Reprodução WhatsApp

6- Crie catálogos

 

Os catálogos dentro de uma conta do aplicativo funcionam como uma vitrine virtual para promover produtos e serviços. O cliente tem acesso a ele ao clicar no perfil da empresa e isso facilita a interação, com fotos, detalhes e preços de cada item.

Davi utiliza muito esse recurso e acha extremamente importante. “É uma ferramenta que ajuda nas minhas venda”, diz.

Exemplo de uma parte do catálogo de produtos disponível no WhatsApp comercial de um produtor que vende orgânicos — Foto: Reprodução WhatsApp

Exemplo de uma parte do catálogo de produtos disponível no WhatsApp comercial de um produtor que vende orgânicos — Foto: Reprodução WhatsApp

7- Tenha cuidado com a segurança

 

Como todo aplicativo, é preciso cuidar da segurança digital e ter cuidado ao clicar em links maliciosos. Como o contato é diário, pode atrair pessoas mal intencionadas que procuram uma oportunidade passando-se por cliente.

“Códigos recebidos por SMS nunca devem ser disponibilizados a ninguém. Outra medida é habilitar a autenticação de dois fatores no WhatsApp, que oferece uma precaução adicional”, afirma Maurecy.

 

8- Não use apenas o WhatsApp

 

Para Ivan, do Sebrae, é sempre importante diversificar os canais de contato com o cliente para aproveitar melhor o potencial de cada plataforma e evitar ficar refém de apenas uma.

“Usar apenas um aplicativo pode ter impactos negativos com uma mudança abrupta, uma queda de servidor ou mesmo o sequestro da conta”, afirma.

 

Um exemplo disso foi o que aconteceu em outubro de 2021, quando pequenos empreendedores que vendem pelo aplicativo e pelo Instagram tiveram dificuldades para trabalhar por causa de uma instabilidade dessas ferramentas, que ficaram horas sem funcionar. Muitos deles relataram prejuízos nesse dia.

Ferramentas do WhatsApp Business

 

Conheça os recursos do aplicativo para ajudar os pequenos negócios a venderem mais:

  • Perfis empresariais: possibilita que as empresas tenham uma presença formal no app e ajuda os clientes com informações úteis, como descrição do negócio, e-mail, horário de funcionamento, endereço e site.
  • Carrinho de compras: torna o processamento de pedidos mais fácil e é uma alternativa para clientes enviarem seus pedidos a empresas que vendem vários itens, como restaurantes ou lojas de roupas, por exemplo. Com o carrinho, as pessoas podem selecionar diversos itens e enviar o pedido por mensagem para a empresa.
  • Ferramentas de mensagens: economiza tempo criando respostas rápidas e automáticas para perguntas frequentes, mensagens de saudação que apresentam o negócio e mensagens de ausência que informam que você está indisponível.
  • Organização: lojistas contam com uma série de etiquetas e filtros para identificar e localizar conversas anteriores, clientes, mensagens não lidas, grupos específicos e listas de transmissão.
  • QR Code: cada conta pode criar um código QR que encaminha o cliente para o chat com a marca, ao invés de ter que adicionar o número da loja, procurar o contato e iniciar a conversa.
  • Listas de transmissão: são listas de contatos salvas para as quais é possível enviar mensagens mais de uma vez e para várias pessoas ao mesmo tempo. Apenas os clientes com o número salvo em suas agendas de telefone receberão as mensagens. Se um contato não recebeu sua transmissão, peça que ele verifique se seu número está salvo.
  • Catálogo: padronizado e intuitivo, o recurso facilita o acesso a informações como imagem, descrição e preço. Os catálogos podem ser divididos em “coleções”, onde os itens são organizados em categorias – por exemplo, um restaurante pode separar por: entradas, pratos principais e sobremesas.

 

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