Giulia Costa fala de ‘Quanto mais vida, melhor!’ e das comparações com a mãe, Flávia Alessandra
Depois de quase seis anos longe das novelas – a última foi “Malhação: Seu lugar no mundo” – Giulia Costa está de volta numa participação especial em “Quanto mais vida, melhor!“. Na trama, ela vive Paula, a personagem de Giovanna Antonelli na juventude:
– Eu adoro atuar, estava com saudade. Tive a experiência totalmente diferente de viver uma personagem já adulta. E o mais legal é que, depois que foi ao ar, um monte de gente veio me dizer o quanto eu sou parecida com a Giovanna. É engraçado porque até eu me achei parecida mesmo. Além disso, teve toda a questão dos novos protocolos, de gravar as cenas antes da estreia. Isso fez tudo ser ainda mais atípico.
O papel de Giulia foi mantido em segredo por estar relacionado aos segredos do passado de Paula. Com isso, a aparição da atriz na novela pegou o público de surpresa e deixou seu nome em alta nas buscas do Google:
– Fico feliz. Com essa coisa de gravar antes, eu não sabia quando ia ao ar. Aí eu estava chegando da rua no dia e comecei a receber um monte de mensagens dizendo: “Como assim eu acabei de te ver na TV?”. Agora, prometi aos fãs que na próxima cena eu vou avisar com antecedência. Vai rolar uma revelação muito importante.
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Prestes a se formar na faculdade de Cinema, Giulia, que tem 21 anos, começou a trabalhar muito cedo e, além de atuar, já teve um restaurante e atuou atrás das câmeras. Filha da atriz Flávia Alessandra e do ator e diretor Marcos Paulo, morto em 2012, e enteada do ator e apresentador Otaviano Costa, ela afirma que, mesmo tendo uma família do meio artístico, procurou trilhar seu próprio caminho desde nova.
– Tudo o que minha mãe tem ela conquistou batalhando bastante. E eu admiro muito isso. Ela veio de baixo e lutou para chegar aonde ela está hoje. Minha família é formada por mulheres muito fortes, então, sempre me foi ensinado que eu tenho que ter as minhas coisas, ter uma profissão, achar uma motivação para mim e não depender de ninguém. Espero poder construir minha história. Tive a felicidade de poder escolher por onde começar gozando de muitos privilégios, reconheço isso. Mas lá em casa a gente sempre foi incentivada a não ficar dentro de uma bolha. A faculdade ajuda muito com isso, a furar a bolha. A gente passa a ter uma consciência maior sobre as questões do mundo.
Com quase três milhões de seguidores, Giulia faz sucesso nas redes sociais mostrando sua rotina “gente como a gente”. Contudo, há também o lado negativo da exposição. As cobranças em relação à aparência e as comparações com a mãe são os piores momentos:
– Naturalmente, sendo mulher, já sinto uma pressão estética muito grande. Sendo filha de uma musa, isso é mais forte ainda. As pessoas adoram uma comparação, chega a ser doentio. Tem gente que inventa uma rivalidade entre mãe e filha que não existe. É uma pressão externa muito grande para que a gente se encaixe nos padrões estéticos. Eu procuro mostrar que eu como de tudo e sempre recebo mensagens do tipo: “Fecha a boca”, “Vai ficar enorme” etc. Tento relevar ao máximo, porque senão vou me afetando de pouquinho em pouquinho e vira uma bola de neve. Procuro conversar muito sobre como lidar com a rede social. A verdade, é que quando se trata de mulheres, as pessoas nunca estão satisfeitas. A Bruna (Marquezine) emagrece e aí está muito magra, se engorda, já está gorda, nunca é o bastante. Então, precisamos estar muito bem de cabeça, parar e respirar fundo. Porque lemos coisas bem maldosas.