Brasileirão feminino tem contratações de peso Foto: Divulgação/Brasileirão Femininino Neoenergia
Com a primeira rodada encerrada nesta segunda-feira, com o empate de 1 a 1 entre Flamengo e São Paulo, na Ilha do Governador, a expectativa em cima da atual edição do Brasileirão feminino tende a se confirmar: o campeonato de 2022 tem tudo para ser o melhor tecnicamente e em atratividade para o públicoMotivos não faltam. Os principais clubes dos 16 participantes se reforçaram com nomes de peso. O Flamengo, que espera voltar às fases eliminatórias – as oito melhores equipes se classificam para as quartas de final -, trouxe jogadoras de seleção. Duda, ex-São Paulo, Maria Alves, do Palmeiras, e Thaisa, que estava na Europa
O Palmeiras, vice-campeão, conta agora em definitivo com a atacante da seleção Bia Zaneratto. O multicampeão Corinthians manteve a base vitoriosa e trouxe reforços de destaque no mercado sul-americano.
– A janela de virada de ano do futebol feminino foi marcada por várias equipes que mudaram bastante o perfil de seus elencos, além de demonstrar claramente uma subida de nível entre a maioria das participantes. Grêmio, Atlético Mineiro, Flamengo são exemplos de times que mudaram mais de 60% seus elencos. Ferroviária, Santos, Internacional, Esmac e Cruzeiro foram equipes agressivas em suas movimentações de mercado, mas focando em setores específicos, geralmente o ataque– afirma Thiago Ferreira, analista de desempenho e colaborador do site “Planeta Futebol Feminino”.Com a qualidade em alta, a audiência vem junto. Nos últimos anos, com a transmissão de jogos em canais abertos e fechados, o Brasileirão A1 vem se consolidando nas grades de programação. Isso facilita toda a cadeia de negócios envolvida. Este ano, a Band optou por passar os jogos aos sábados – era aos domingos – a fim de fortalecer o fim de semana e espera faturar alguns milhões com vendas de anúncios para o horário.Ano passado, por exemplo, a final entre Corinthians e Palmeiras registrou audiência histórica, com picos de 5,9 pontos, e média de 5,2 pontos no domingo à noite, em São Paulo. Ao longo da temporada, que vai de março a setembro, a média do canal foi de cerca de 4 pontos.
Nesta edição, dos 134 jogos programados, dois por rodada serão mostradas nos canais SporTV, que, assim como a Band, conta com equipes de transmissão totalmente formadas por mulheres. Os jogos também são exibidos no YouTube e nas redes sociais.
– Sem dúvida, não só as transmissões como toda a geração de conteúdo referente ao Campeonato são fundamentais nesse processo de fortalecimento do futebol feminino. É preciso trazer visibilidade e contar as histórias de sucesso das atletas, além de se comunicar com um público que é mais amplo do que apenas os fãs “heavy user”. E o investimento do SporTV nesse ano mostra que o futebol feminino está no caminho certo – analisa Guilherme Figueiredo, fundador e diretor executivo da NSports, primeira plataforma brasileira de streaming esportivo.
A manutenção do calendário da principal competição da elite feminina também tem o poder de transformar a modalidade num negócio a cada ano mais atraente e lucrativo
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