Janela partidária começa em março e metade dos vereadores de Campo Grande pode mudar de sigla
Em 2024, a troca de legenda poderá acontecer de 7 de março a 5 de abril, data final do prazo de filiação exigido em lei para quem pretende concorrer às eleições municipais. Na Câmara de Campo Grande, pelo menos metade dos vereadores deve mudar de sigla para disputar as eleições.
A janela partidária é aberta em qualquer ano eleitoral, seis meses antes da votação. Neste ano, o primeiro turno da eleição acontece no dia 6 de outubro. De modo geral, é o período de 30 dias em que ocupantes de cargos eletivos, obtidos em pleitos proporcionais, podem trocar de partido sem perder o mandato.
Como em 2024 somente os mandatos de vereador são os que estão prestes a terminar, a norma vale apenas para quem ocupa essa função atualmente.
Ao menos metade dos vereadores de Campo Grande está na dúvida se permanece ou muda de sigla na janela partidária para concorrer às eleições de 2024. Alguns parlamentares já ‘bateram o martelo’ e dizem que continuar no partido está ‘fora de cogitação’.
Até a janela, os parlamentares negociam com os partidos essas mudanças, em busca de maior vantagem no pleito, viabilidade eleitoral e apoio financeiro.
O PSD, partido do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, vive um ‘drama’ na Casa de Leis e pelo menos metade dos vereadores que compõem a sigla não devem permanecer na mesma.
Beto Avelar, Professor Riverton, Silvio Pitu e Valdir Gomes não devem continuar no partido. Das oito cadeiras ocupadas pela sigla, apenas os vereadores Otávio Trad, Delei Pinheiro e Júnior Coringa alegam que podem permanecer na sigla.
Parlamentares do Podemos também não descartam a possibilidade de deixar o partido. Ronilço Guerreiro é o único que disse estar feliz na sigla. Apesar de ainda ser cedo para confirmarem a saída, Clodoilson Pires e Zé da Farmácia explicam estão na ‘dúvida’ e com dificuldades de escolherem o destino.
O único do mesmo partido da Prefeita Adriane Lopes na Câmara é o Dr. Vitor Rocha. Ele já confirmou a saída do PP para o PSDB. O Progressistas é um dos partidos que os vereadores cogitam a possibilidade de fazer parte, inclusive pelos parlamentares do Patriota ainda não sabem o destino após a fusão com o PTB.
Em outubro de 2022, o Patriota e o PTB anunciaram que fariam uma fusão, resultando na criação do PRD. O deputado estadual Lídio Lopes era o ‘chefe’ do Patriota no Estado e já disse que não vai seguir no novo partido que tem como presidente Delcídio do Amaral.
Os vereadores do Patriota da Câmara aguardam a decisão de Lídio Lopes para saber que caminho devem seguir. As duas cadeiras do Patriota são ocupadas pelos vereadores Edu Miranda e Paulo Lands, que deve deixar a Câmara no começo de 2024 para o secretário de saúde municipal e vereador licenciado Sandro Benites retornar à Casa de Leis.
O PSB em breve deve aumentar o número de vereadores na Câmara de Campo Grande. A Sigla só tinha uma cadeira na Casa, ocupada pelo presidente Carlos Augusto Borges, o Carlão. Agora o partido, em breve, deve receber reforço do vereador Marcos Tabosa, que disse deixar o PDT.
Os vereadores do PT, sendo o Ayrton Araújo e Luiza Ribeiro, não devem deixar a sigla. Os parlamentares do PSDB também seguem firmes no partido. Interrogados pelo Midiamax, Claudinho Serra, Professor Juari e Ademir Santana não cogitam a possibilidade de deixar a sigla tucana.
O União Brasil tem apenas uma cadeira na Câmara. O vereador Alírio Villasanti disse que, a princípio, não pretende deixar a sigla. Na contramão, o único lugar ocupado pelo PTB é de Willian Maksoud já adiantou deixar a sigla.
Quem também tem uma cadeira na Casa é o Solidariedade. O vereador Papy é presidente estadual do diretório e alega que vai deixar o partido.
Os vereadores do MDB, Dr. Loester e Jamal Salém não cogitam deixar a sigla. Loester diz que reuniões estão sendo realizadas com a intenção de fazer o partido crescer na Casa.
O vereador professor André Luís teve sua pré-candidatura à prefeitura da Capital lançada pelo Rede Sustentabilidade. Betinho e Gilmar da Cruz, ambos do Republicanos também não pretendem deixar a sigla.