Chinesa GWM vai inaugurar fábrica em São Paulo em maio e montar carros ‘peça e peça’

montadora chinesa Great Wall Motor (GWM) vai inaugurar sua primeira fábrica no Brasil em maio de 2025. Em entrevista ao jornal Valor, o diretor de assuntos institucionais da GWM Brasil, Ricardo Bastos, anunciou também que na nova planta, localizada em Iracemápolis (SP), a montagem dos veículos será feita peça por peça. Inicialmente, a empresa planejava montar os veículos utilizando conjuntos de componentes já prontos e importados. Junto com a fábrica, será lançado o SUV híbrido Haval H6.

A unidade foi construída para uma capacidade inicial de 20 mil veículos, mas já recebeu licença para 50 mil veículos por ano, com a meta de alcançar esse número em três anos. De acordo com a GWM, o planejamento inicial é de produzir componentes como pneus, vidros, rodas e bancos, além de realizar localmente a pintura dos carros.

A GWM começou a selecionar funcionários para cargos de liderança em Iracemápolis no início de outubro, e planeja ter 100 novos colaboradores apenas em 2024. Até o início da produção, programada para o primeiro semestre de 2025, a empresa deve contratar 700 novos colaboradores. Os primeiros treinamentos serão realizados internamente, mas a montadora contará com o apoio do Senai no início do ano que vem.

O início do recrutamento ocorreu logo depois que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) homologou o projeto da GWM Brasil para o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que amplia os parâmetros de sustentabilidade na indústria automobilística e concede incentivos às companhias que apostam em descarbonização.

Em comunicado, a GWM disse que, com a autorização, será possível transferir gradualmente todos os processos produtivos, atualmente realizados na China, para São Paulo. A meta é atingir 60% de nacionalização em três anos, o que permitiria exportar para a América Latina.

A unidade em Iracemápolis integra a primeira fase do plano de investimentos da montadora no Brasil, que chegará a R$ 10 bilhões até 2032. Apenas nessa primeira fase, que vai até 2026, o aporte será de R$ 4 bilhões.

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