Em alta no Fluminense, Cano sobe o repertório e marca mais gols de canhota do que com a “perna boa”

Que Germán Cano vive ótima fase no Fluminense, isso não é novidade para ninguém. O argentino já fez 15 gols em 30 jogos e tem média de uma bola na rede a cada duas partidas. Mas o início com a camisa tricolor é tão bom que o centroavante aumentou até o repertório e, por exemplo, marcou mais vezes de canhota do que com a direita, sua “perna boa”. Faz o L de “left” (esquerda em inglês).

Dos 15 gols do argentino, foram seis de pé esquerdo, cinco com o direito, três de cabeça e um com o peito. Ele marcou de canhota contra Portuguesa e Flamengo no Campeonato Carioca; diante do Millonarios, da Colômbia, e do Olimpia, do Paraguai, na Pré-Libertadores; em cima do Vila Nova-GO na Copa do Brasil e sobre o Athletico-PR no Brasileirão

Nesse jogo contra o Athletico-PR, no último sábado no Raulino de Oliveira, Cano ainda marcou pela primeira vez de fora da área e completou todos os setores do campo de ataque do “manual dos atacantes”. Ele já tinha sete gols dentro da pequena área e também chegou a sete na grande área. E muito de sua movimentação ele deve ao técnico Fernando Diniz:

– Isso é um talento que a gente não ensina. Tem que aproveitar. É talento. Não dá para treinar uma pessoa para ser parecida com Cano ou Fred. O que a gente foi entendendo é que ele poderia ser um jogador mais completo. É um dos caras que mais corre no Fluminense e era no Vasco, mas antes de eu chegar era um dos que menos corria. Participa do jogo pegando na bola. Vem, sai da área, vai para um lado, para o canto, e isso não inibe ele de fazer gol. Comigo tem sido assim. Falei para ele: “Quanto mais você participar do jogo, você vai estar lá na hora certa para fazer o gol”. Então, além de fazer gol, ele é fundamental na parte tática no espírito que o time tem que ter – elogiou Diniz

Com os dois gols de sábado, Cano também se aproximou do Top 5 dos maiores goleadores estrangeiros do Fluminense em uma mesma temporada, em levantamento feito pelo perfil “Flupedia” nas redes sociais. O argentino superou as 14 bolas na rede de seu compatriota Conca em 2010, mas ainda está atrás das 16 do ídolo tricolor em 2014. Veja o ranking abaixo:

  • 1º: Doval (Argentina) – 39 gols em 1976
  • 2º: Romerito (Paraguai) – 23 gols em 1984
  • 2º: Doval (Argentina) – 23 gols em 1977
  • 4º: Yony González (Colômbia) – 17 gols em 2019
  • 5º: Conca (Argentina) – 16 gols em 2014
  • 6º: Cano (Argentina) – 15 gols em 2020
  • 7º: Conca (Argentina) – 14 gols em 2010
  • 8º: Conca (Argentina) – 13 gols em 2009
  • 9º: Petkovic (Sérvia) – 11 gols em 2006
  • 9º: Romerito (Paraguai) – 11 gols em 1985
  • 9º: Villalobos (Peru) – 11 gols em 1954

Com seu artilheiro “cheirando a gol”, o Fluminense aposta suas fichas em Cano para buscar a vitória que precisa na quinta-feira para seguir vivo na Copa Sul-Americana. O próximo desafio dos comandados de Fernando Diniz será contra o Unión Santa Fe, às 19h15 (horário de Brasília), no Estádio 15 de Abril, na Argentina, pela penúltima rodada do Grupo H. O Tricolor é o terceiro colocado da chave um ponto atrás dos argentinos, que estão na liderança. Apenas um da chave se classifica.

se classifica.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *