Passageira tetraplégica é esquecida em avião por mais de uma hora em aeroporto de Londres

Uma passageira de avião tetraplégica ficou mais de uma hora e meia esperando por uma equipe do aeroporto de Gatwick para conseguir sair da aeronave com a cadeira de rodas, em Londres. Após repercussão nas redes sociais, o aeroporto pediu desculpas e descreveu o tratamento como “inaceitável”.

O caso foi registrado no último sábado (4). Ao jornal britânico “Daily Mail”, Victoria Brignell contou que estava voltando para casa após um feriado em Malta — sua segunda viagem ao exterior — quando uma cadeira de rodas foi preparada para ela na chegada.

O serviço que a ajudaria a ser retirada do avião foi reservado três meses antes da viagem com a equipe do aeroporto e relembrado duas semanas atrás. Contudo, ninguém apareceu.

“Pouco depois de pousar, a equipe da companhia aérea da British Airways veio até mim e disse que sentia muito, mas as pessoas que deveriam me ajudar a sair do avião não estariam lá por 50 minutos. O tempo passou e me disseram que seria mais meia hora além disso. No final, eu estava esperando uma hora e 35 minutos”, disse ao jornal.

“Estou paralisada do pescoço para baixo, então não posso usar meus braços ou pernas. Para sair de um avião, preciso de duas pessoas para me levantar do assento do avião em uma cadeira de corredor, que é uma cadeira de rodas estreita especialmente projetada para me empurrar pelo corredor para fora do avião e me colocar na minha cadeira de rodas esperando do lado de fora”, explicou ao Daily Mail.

Enquanto aguardava na aeronave, amigos questionaram o aeroporto no Twitter e publicaram uma foto de Victoria sozinha no avião.

“Oi @Gatwick_Airport minha amiga com deficiência, Victoria, foi deixada esperando em um avião que pousou por uma hora agora. Isso é realmente inaceitável”, escreveu Sonia Sodha.

 

“Amiga presa em um avião e não pode sair porque não há assistência para cadeira de rodas. Por quê? Por que isso ainda está acontecendo?”, indagou outra amiga.

As mensagens repercutiram nas redes sociais e até mobilizou a ex-baronesa paralímpica Tanni Grey-Thompson.

“Alguém tem algum contato para membros do conselho de Gatwick ? Eles não podem fazer nada a tempo, mas isso não é aceitável”, tuitou.

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