Passaporte vacinal tem “efeitos colaterais” e foco é em vacinação, diz Riedel – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Presidente do comitê gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), Eduardo Riedel, durante evento no shopping Bosque dos Ipês (Foto: Marcos Maluf)
O aumento nos casos de covid, influenza e outras doenças respiratórias representam um surto, mas não há ameaça de colapso na rede pública de saúde, por enquanto, na avaliação do presidente do comitê gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), Eduardo Riedel, que é secretário de Estado de Infraestrutura.
Ele comentou o assunto hoje (24) durante evento comemorativo de 50 anos do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), no shopping Bosque dos Ipês.
Riedel disse ainda que o passaporte da vacina não está sendo cogitado pelo governo do Estado porque tem “efeitos colaterais” e o foco é na vacinação, que está bem avançada.
“Não há nenhuma mudança nesse momento. A gente continua monitorando todos os indicadores. Estamos vendo um surto extremamente rigoroso no seu alastramento em relação a covid em Mato Grosso do Sul, mas a gente está com uma estrutura de saúde que ainda não está ameaçada”, disse Riedel.
Riedel destacou ainda que 92% da população alvo do Estado estão imunizados e por isso não se discute passaporte de vacina. Conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde), com 4,9 milhões de doses aplicadas, o percentual da população de MS com esquema vacinal completo é de 73,81%.
“O passaporte da saúde é um movimento muito grande em que, às vezes, tem-se outros efeitos colaterais em vista de um público específico de 8% que vem diminuindo. Não vamos entrar em discussão que não seja efetiva e vamos ter o foco naquilo que dá resultado”, explicou Riedel ao referir-se ao percentual que ainda não recebeu imunização completa.
Internações – Segundo boletim da SES, o Estado todo tem 402.297 casos de covid-19 e influenza confirmados. Há 15 mil pessoas então em isolamento domiciliar, 377 mil recuperados e mais de 9,7 mil mortes.
Estão em hospitais da rede pública ou privada 263 pessoas, sendo 189 em leitos clínicos e 74 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Há 59 pacientes em leitos públicos e 15 na rede privada.
Capital – Nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) Covid-19, não há mais vagas. A Capital tem 29 leitos, mas já trata um paciente a mais, conforme dados de domingo (23), fazendo a ocupação atingir 103,45%. Dos 24 leitos clínicos exclusivos para covid, apenas um está livre. A taxa de ocupação é de 95,83%.
Dos 504 leitos de UTI para tratamento de outras doenças, 500 estão ocupados, o que representa 97,42%. Entre leitos clínicos, apenas quatro de 155 estão liberados, ou seja, 99,21% estão ocupados. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS