Agência da ONU conclui que jornalista da Al Jazeera foi morta por forças de Israel

Uma investigação feita pela agência de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu nesta sexta-feira (24) que os tiros disparados contra a jornalista palestina Shireen Abu Akleh, da rede “Al Jazeera”, partiram de forças israelense.

Abu Akleh era uma das repórteres mais experientes na cobertura do conflito entre israelenses e palestinos e morreu durante uma ação de Israel na Csijordânia. O momento foi gravado em vídeo e mostra que apenas Akleh, que usava colete de identificação da imprensa e capacete e estava protegida por um muro em uma rua, é atingida

Dias depois, outro vídeo obtido pela rede americana “CNN” e analisado por especialistas a pedido do canal revelaram que o tiro que atingiu a jornalista partiu da mesma distância da qual forças israelenses se encontravam do grupo que acompanhava Shirleen em uma reportagem – não havia um confronto no momento.

Tel Aviv nega que os tiros tenham partido de suas forças

“É profundamente perturbador que as autoridades israelenses não tenham conduzido uma investigação criminal sobre o caso”, afirmou a porta-voz da agência da ONU, Ravina Shamdasani, em Genebra, na Suíça

Policiais israelenses e palestinos se enfrentam em funeral de jovem em Jerusalém

A morte de Shireen Abu Akleh, muito conhecida e respeitada na região, gerou forte comoção e revolta. Milhares de pessoas foram ao funeral da jornalista, no dia seguinte em Jerusalém, onde policiais israelenses também foram criticados por entrar em confronto com um grupo que seguia o cortejo, inclusive com homens que sustentavam o caixão com o corpo.

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