Empresa dá calote generalizado em cidade, de mercado à pousada – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Vários comerciantes da cidade de Ribas do Rio Pardo, a 100 quilômetros de Campo Grande, estão no prejuízo após uma empresa, a VBX Transportes LTDA, dar o calote e seus donos sumirem. Somadas, as dívidas deixadas em comércios como posto de combustível, hotel, pousada, restaurantes, passam dos R$ 600 mil.

A empresa prestou serviço de manutenção das estradas usadas pela Suzano Papel e Celulose, que constrói umas das maiores empresas de celulose do mundo na cidade.

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Segundo o dono de um posto de combustível, Rinaldo da Rocha Nunes, de 52 anos, que tem R$ 206 mil para receber da VBX, ele prestou serviço de por aproximadamente seis meses com abastecimento de óleo diesel.

“Nos primeiro três meses eles me pagaram certinho, mas depois comecei a ter problema. Outra coisa que é que, de repente, também pararam de me responder”.

O Campo Grande News conseguiu o nome e contato de dois representantes da VBX, mas mesmo após várias tentativas não obteve resposta.

O advogado João Víctor Fontebasse representa dois comércios lesados pela VBX, um mercado e uma pousada. No mercado a dívida é de, aproximadamente, R$ 8 mil, já na pousada é mais alta, de R$ 356 mil.

Esse valor da pousada é a soma do valor do serviço prestado mais as multas contratuais que foram quebradas. João, após tentar várias forma de contato bem como notificações extrajudiciais, agora se prepara para ingressar com uma ação na Justiça.

“Após esgotar todas as vias de negociação extrajudicial para a liquidação da dívida em questão, devidamente comprovadas por meio de registros de conversas via WhatsApp e envio de notificação extrajudicial ao responsável pela empresa demandada pelo endereço de e-mail fornecido no contrato, o qual foi, lamentavelmente, fornecido de maneira incorreta, bem como através de mensagens no aplicativo WhatsApp, vamos ingressar com ação na Justiça”.

Um dos hotéis mais tradicionais da cidade, prestou serviço de restaurante. Segundo o dono, o prejuízo gira em torno de R$ 130 mil

Um texto confeccionado pelo grupo de comerciantes lesados cita a Susano como instituição capaz de auxiliar na negociação, mas reclama da falta de suporte.

”Os empresários de Ribas do Rio Pardo se uniram para buscar soluções junto a empresa de celulose, porém não obtiveram retorno, além dos direcionamentos para o canal 0800 771 4060”.

Em contato com a Susano, a empresa explicou a natureza da relação com a VBX por quais razões rompeu com a empresa. Segue a nota na íntegra:

“A Suzano esclarece que o caso da VBX Transportes é uma situação isolada, haja vista as centenas de fornecedores da empresa que realizam negócios no município. Tal empresa prestava serviços na área de manutenção de estradas e, durante os últimos meses de contrato, a Suzano constatou que, mesmo com o pagamento em dia do contrato desse fornecedor, a VBX não estava honrando com suas obrigações trabalhistas e outras obrigações de mercado, sendo que esse último fato tomamos ciência via o telefone da ouvidoria da empresa. Além disso, mesmo após inúmeras notificações para que a VBX honrasse com seus compromissos, o que não veio a ocorrer, o contrato foi rescindido pela Suzano, que então honrou com os pagamentos trabalhistas dos colaboradores da referida empresa, por ser a tomadora do serviço e com responsabilidades previstas em lei. Importante esclarecer que, ao contrário do controle do pagamento dos colaboradores de nossos fornecedores, nos outros casos, a Suzano não possui obrigação legal e nem tem como controlar, acompanhar as negociações comerciais ou concessão de créditos para tais empresas prestadoras de serviço, bem como fiscalizar, participar de negociações comerciais ou se responsabilizar por pagamentos. Além disso, vale destacar que a Suzano, inclusive, realizou treinamentos com comerciantes locais, preparou e distribuiu cartilhas e divulgou via alguns veículos de imprensa da cidade orientações sobre o tema, visando conscientizar empresários e comerciantes da cidade sobre os cuidados ao realizarem negócios com empresas que utilizam do nome da companhia para obterem crédito, o que só reforça a preocupação e boa-fé da companhia”. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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