Sesi diz que deixa R$ 131 milhões parados para ‘investir em tecnologia’ em Mato Grosso do Sul

A CGU (Controladoria-Geral da União) identificou que o Sesi-MS (Serviço Social da Indústria no Estado de Mato Grosso do Sul) – que faz parte do sistema Fiems – possui R$ 131,9 milhões em aplicações financeiras sem destinação para serviços sociais, que é o objetivo da entidade, considerando a sua natureza sem fins lucrativos. A análise foi feita a partir de balanços fornecidos pelo próprio Sesi referentes aos anos de 2018 a 2022.

Em manifestação do Sesi enviada à CGU e que consta no relatório da auditoria, a entidade afirmou que “direciona os recursos financeiros provenientes de exercícios anteriores para investimentos tanto em infraestrutura física quanto tecnológica”.

No entanto, a resposta não atende ao questionamento da CGU. “Não aborda de maneira específica a questão da existência de normas internas, estudos, critérios ou condições para a utilização dos saldos de recursos existentes em aplicações financeiras”, diz o relatório.

Apesar disso, o Sesi-MS apresentou déficit operacional de R$ 24,6 milhões no ano de 2022 – mais recente da análise -, ou seja, os valores das despesas foram maiores que os da receita operacional. Vale ressaltar que o rombo foi amenizado por transferências do Departamento Nacional do Sesi.

Assim, a auditoria elaborada pelo órgão de controle identificou a falta de normas para que esses valores sejam aplicados na destinação da entidade, que é o serviço social. Logo, a primeira recomendação feita pela CGU é a elaboração de um plano de aplicação para destinar parte desses recursos existentes em aplicações financeiras em ações finalísticas.

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