Obsessão doentia’: ‘stalker’ mata mulher com tiro no rosto após rejeição, na Argentina

Uma mulher de 50 anos foi encontrada morta com um tiro no rosto em sua casa em Buenos Aires, na Argentina. O corpo foi descoberto pelo seu ex-marido, com quem tinha cinco filhos, depois que ele foi até o local do crime porque não conseguia contatá-la por telefone. O principal suspeito, um homem de 64 anos que a assediava através das redes sociais, se entregou e confessou o crime.

Vizinhos da vítima, identificada como Ramona Beatriz Romero, comentaram que o suspeito, Franco Antonio, tinha uma “obsessão doentia” por ela. Uma delas afirmou: “Todos sabíamos que ele estava interessado nela, mas ela o rejeitava repetidamente. Nunca imaginamos que isso acabaria assim”. Os relatos destacam um padrão de assédio que Romero vinha sofrendo nos últimos meses por parte de Antonio, a quem conheceu através das redes sociais.

Recentemente, foi divulgada uma das últimas mensagens de voz que Antonio enviou para Romero antes de cometer o crime. Na mensagem, Antonio dizia: “Eu sei que não sou seu amor, mas queria falar com você, tenho algo urgente para dizer. Ninguém obriga ninguém, mas tenho algo para te dizer, sim ou sim, seja na porta ou no portão da sua casa; não é necessário que eu entre para tomar mate ou algo assim, só quero dizer duas ou três palavras e nada mais”.

O homicídio ocorreu na última quinta-feira à noite em uma área residencial. Poucos minutos após a descoberta do corpo de Romero, os policiais do Comando de Patrulhas do distrito foram recebidos na casa pelo ex-marido da mulher, que estava visivelmente abalado e em estado de choque.

Ao entrarem, os agentes encontraram o corpo de Romero caído no chão, coberto por um cobertor e com um casaco sobre a cabeça. As primeiras investigações da Polícia Científica determinaram que Romero havia sido morta por um tiro no rosto, o que causou sua morte imediata.

Antonio se apresentou voluntariamente às autoridades e admitiu ser o autor do crime. Em seu depoimento, ele afirmou que se sentiu rejeitado e agiu em um momento de fúria. A promotora Vanesa Lorena Maiola, qualificou o caso como “homicídio”.

Os vizinhos, consternados, pediram justiça em memória de Romero. “Não podemos permitir que isso continue acontecendo. Nos sentimos desamparados e exigimos que as autoridades tomem medidas sérias contra o assédio e a violência de gênero”.

A Polícia de Buenos Aires está realizando uma série de investigações para reconstruir os eventos e entender o contexto em que o assassinato ocorreu. Entre as medidas adotadas estão a análise das mensagens de texto e das redes sociais da vítima e do suspeito, além de entrevistas com testemunhas e familiares.

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