Atlético-MG aposta em operações baratas e “fecha” janela com uma compra de reforço por R$ 4 milhões
Considerando apenas o valor gasto para comprar direitos econômicos de jogadores junto a outros clubes, o Atlético-MG finaliza este início de janela internacional do Brasil com apenas US$ 750 mil (ou R$ 3,9 milhões) gastos. O valor foi o investido pelo Galo na aquisição do atacante Fábio Gomes. Os outros reforços vieram “de graça”.
- Notícias do Atlético
- Atlético-MG economiza mais de R$ 33 milhões em saídas de jogadores
- Veja detalhes do orçamento de 2022 do Galo
A janela para entradas no Brasil fica aberta até meados de abril. Porém, dezembro, janeiro e início de fevereiro ela fica aquecida para a montagem do elenco que irá arrancar na nova temporada. Nesse período, o Galo trouxe quatro reforços, já apresentados. Ademir e Otávio vieram com pré-contrato (o volante está emprestado pelo Bordeaux), Diego Godín rescindiu no Cagliari, e também acertou no Galo após ficar “livre”.
Bandeira do Atlético-MG no Mineirão, contra o River Plate — Foto: Conmebol
Há, obviamente, investimentos em salários, comissões, direitos de imagem e luvas nos contratos realizados com as novas aquisições. Mas apenas Fábio Gomes foi “comprado”. O jogador tinha opção de compra de US$ 1,5 milhão no New York Red Bulls, da MLS, onde esteve cedido pelo Oeste de Barueri. O Galo conseguiu valor menor, comprando 50% do atacante.
A título de comparação das movimentações do mercado, alguns dos principais concorrentes do Atlético na busca dos títulos de 2022 abriram mais os cofres. Recentemente, o Flamengo encaminhou a compra do meia Andreas Pereira junto ao Manchester United pela bagatela de 10 milhões de euros (R$ 60 milhões). O Palmeiras, campeão da Libertadores, gastou R$ 20 milhões na compra de Atuesta.
Pegando a moeda europeia como referência, o jogador mais caro da história do Galo foi o atacante André, que custou 8 milhões de euros totais em uma operação empréstimo + compra.
Num passado recente, o Atlético comprou Nacho Fernández por US$ 6 milhões, e Matías Zaracho por US$ 5,5 milhões. Outras peças fundamentais no “Triplete Alvinegro”, como Hulk e Diego Costa, eram “free agents“. Tchê Tchê chegou ao Galo emprestado pelo São Paulo, e o lateral Dodô, reserva de Arana, também estava sem contrato.
Otávio foi emprestado pelo Bordeaux até junho, quando ativa pré-contrato no Galo — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG
Em 2020, o Atlético modificou bruscamente seu elenco, com 11 contratações só para o segundo semestre, nas mãos de Jorge Sampaoli. Na época, foram gastos quase R$ 110 milhões em compras de direitos econômicos. Em 2021, foram seis reforços (considerando retorno de Nathan Silva do empréstimo).
Para 2022, a meta do Atlético é de disponibilizar R$ 40 milhões em contratações, sem necessidade de aporte financeiro do órgão colegiado. Por enquanto, 10% do valor foi gasto, e sendo que o futuro quinto reforço do clube tende a ser Cristian Pavón, mais um alvo do Galo em fim de contrato.