Presença de executivo espanhol pode mexer em comportamento de clubes brasileiros em reunião por Liga
Chegada do presidente da Liga Espanhola, Javier Tebas, está prevista para esta manhã, para participar de reunião em que se apresentará investidor para Liga Brasileira
A presença do presidente da Liga Espanhola, Javier Tebas, em reunião dos 40 clubes das Séries A e B, para debater a criação da Liga Brasileira, pode mexer no comportamento dos clubes e mudar o jogo político posto neste momento. O encontro está marcado para 9 às 12 horas, no auditório da XP Investimentos, no bairro da Vila Olímpia, zona sul de São Paulo.
Javier Tebas La Liga — Foto: Getty Images
Tebas estará junto com representante da XP e da Alvarez & Marsal, para apresentar um investidor capaz de comprar 25% da Liga Brasileira. A presença do executivo espanhol serve como carta de intenções de parceria para desenvolvimento da liga, no Brasil, com todo o know-how adquirido pelos europeus.
O que pode mudar o comportamento dos dirigentes brasileiros, no entanto, é a apresentação do dinheiro. Se, de fato, houver o anúncio de que um parceiro tem o cheque para comprar 225% do dinheiro, isto pode mudar o cenário de apoio de Flamengo e dos times paulistas ao projeto da Codajás Sports Kapital, com apoio do banco BTG, e dos dirigentes do Nordeste, mais próximos da LiveMode.
O projeto da Liga precisa ser econômico e os dirigentes o têm enxergado como dinheirista. A diferença entre projetar o sucesso do Campeonato Brasileiro e os ganhos que virão a médio e longo prazo — dez, quinze anos — ou entender quanto se recebe neste momento.
Em tese, a proposta da Liga Espanhola, parceira do grupo CVC na Europa, é de plantar uma árvore e fazê-la crescer frondosa em todos os seus galhos e tronco, para ter uma imensa árvore da felicidade daqui a dez anos. Como se fez na Inglaterra e na Espanha. Para isso, ela vai propor criações de regras rígidas de recebimento do dinheiro e compromisso com os gastos. Também com a divisão das cotas.
Se o interesse brasileiro for apenas receber o cheque e embolsá-lo, não vai dar certo. Mas imagina-se que a reunião sirva para apresentar, pela primeira vez, um investidor de fato interessado em financiar o projeto da futura Liga Brasileira.
Se isto acontecer e houver proposta financeira, isto pode mexer no jogo político.