Policial é demitido após criticar corrupção em MS e acusa Reinaldo de perseguição

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Foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) desta sexta-feira (17) a demissão do investigador de Polícia Judiciária Tiago Henrique Vargas. A decisão consta na Resolução “P” Sejusp-MS n° 343/2020, assinada pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira.

Tiago atuava como investigador da Polícia Civil e era lotado na cidade de Pedro Gomes, a cerca de 310 km de Campo Grande. Ele ficou em evidência quando envolveu-se em polêmica por criticar, em suas redes sociais, o deputado federal Eliseu Dionísio (PSDB), no ano de 2017. A partir do episódio, o investigador foi transferido, à revelia, de Campo Grande para o município de Pedro Gomes. Tiago sustenta que a mudança era retaliação por suas manifestações na internet contra o parlamentar.

A publicação desta sexta-feira ocorre cerca de três anos do episódio e não é clara se há relação com a postura de Vargas nas redes sociais. Conforme a resolução, o agora ex-investigador da Polícia Civil teria infringido a Lei Orgânica da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, com “transgressões de natureza grave”.

A base legal da demissão aponta, por exemplo, que Vargas desobedeceria preceitos éticos e atos normativos da corporação e não cumpria o princípio da hierarquia funcional, dentre outros, como no desrespeito ao inciso XXX do artigo 156 da Lei Orgânica (simular doença para esquivar-se do cumprimento do dever) e o inciso IV do artigo 172 (ameaça ou ofensa física contra superior hierárquico, funcionário ou particular).

A decisão publicada em resolução nesta sexta-feira diria respeito a um de dezenas de processos disciplinares promovidos contra Vargas na Corregedoria da Polícia Civil. A reportagem entrou em contato com o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de MS), que afirmou estar tomando ciência da decisão para se pronunciar.

Desabafo nas redes

https://www.facebook.com/100010018818878/videos/1204884113188871/

Nas redes sociais, Tiago desabafou sobre a demissão e disse que não foi demitido por ser corrupto. “Fui demitido por criticar o governador do Estado”. “É um sonho meu ser policial civil. Estudando de domingo a domingo por dois anos para ser policial civil. Não me arrependo de nada”

Tiago reclamou da arbitrariedade da decisão. “Não fui demitido por desviar R$ 65 milhões em notas frias. Fui demitido por criticar especificamente o governador Reinaldo Azambuja”.

O ex-investigador declarou que vem a Campo Grande para se reunir com o Sinpol e recorrer da decisão.

Matéria editada às 10h50 para acréscimo de informações // EA

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