Opção para o Flamengo e plano B para Al Hilal, Marinho vira personagem em negociação por Michael

Negociações complementares desde a origem e com um fator em comum: o cabo de guerra com o Flamengo querendo fazer valer suas condições para dar certo. Desde a última semana, os nomes de Michael e Marinho circulam na mesma mesa de reuniões. O atacante do Santos surgiu como plano B para o Al Hilal e, por tabela, se tornou alternativa para solucionar a negociação envolvendo o atacante rubro-negro.

Em comum nas tratativas, que coincidem até na participação de intermediários, está a postura do Flamengo, que exige receber em sua totalidade os US$ 8,450 milhões (R$ 46 mi) propostos pelo Al Hilal pelos 80% que tem direito de Michael e se dispõe a pagar US$ 1,5 milhão (R$ 8,1 mi) ao Santos por Marinho. O novo cabo de guerra teve início a partir do momento que o presidente santista, Andrés Rueda, colocou o preço de US$ 1,8 milhão de dólares (R$ 9,8 mi) para avançar nas conversas.

Marinho durante treino do Santos no CT Rei Pelé — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Marinho durante treino do Santos no CT Rei Pelé — Foto: Ivan Storti/Santos FC

As negociações se assemelham até nos argumentos para subida de valor. Se na conversa entre Flamengo e Al Hilal os 5% a que o Goiás tem direito se tornaram problema, a pedida do Santos também envolve divisão de valores. O Grêmio tem direito a 10% do montante, além de outros 10% de comissão para empresários que participam das conversas.

O primeiro contato do Flamengo com o Santos por Marinho aconteceu na última sexta-feira, mas não em tom de proposta oficial. Através de um intermediário, o clube fez chegar o interesse e o valor que estaria disposto a pagar, dando início a conversas que a todo instante tinham uma condição: a conclusão da venda de Michael.

Marinho já tinha entrado no radar rubro-negro na ocasião da saída de Kenedy, mas só se tornou um alvo realmente com a presença do Al Hilal no circuito. O jogador está ciente das tratativas e condições, e desde a última terça-feira não faz mais questão de esconder nos corredores do CT Rei Pelé que a possibilidade o apetece.

O Santos promete fazer jogo duro com o Flamengo e coloca como preferência uma negociação com o futebol do exterior. O poder de barganha, no entanto, é pequeno diante do desejo do jogador e, principalmente, o contrato somente até o fim de 2022.

Na noite de quarta-feira, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, admitiu que abriu conversas para a contratação de Marinho e disse que o presidente do Santos dificulta o negócio. O jogo de palavras, por sua vez, também faz parte da estratégia.

O Al Hilal quer tirar Michael do Flamengo, que quer Marinho para liberar Michael para o Al Hilal, que tem Marinho como plano B. As pontas estão amarradas em uma negociação que promete novos capítulos para esta quinta-feira.

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