Brasil é desclassificado na estreia em provas por equipes no esqui
O frio intenso fez a organização antecipar a prova. Com -15ºC no termômetro e condições duríssimas no Centro de Cross Country de Zhangjiakou, o Brasil disputou pela primeira vez uma prova por equipes no esqui nas Olimpíadas de Inverno. O feito inédito, no entanto, chegou ao fim com uma frustração. Ao serem alcançadas pelas líderes do sprint por equipes feminino, Jaqueline Mourão e Eduarda Ribera foram desclassificadas da disputa.
O ouro ficou com a Alemanha, com 22min09s8, após uma arrancada espetacular de Victoria Carl por fora na reta final. Suécia (+0s17), antes favorita, e Comitê Olímpico Russo (+0s71)completaram o pódio.
Brasil é desclassificado em semifinal do sprint por equipes feminino do esqui cross-country
– Uma experiencia ótima poder representar o Brasil com duas mulheres pela primeira vez no cross country. Não sei se vocês viram, mas depois da minha primeira volta passei muito mal porque dei tudo o que tinha ali. Foi uma briga muito acirrada com a Grécia, chegamos na frente da Grécia, que foi muito bom – disse Jaque ao sportv2.
Esta pode ter sido a última prova olímpica de Jaque, que disputou oito edições dos Jogos entre Verão e Inverno – ela no entanto, afirma que seguirá avaliando a carreira ano a ano na tentativa de ajudar o Brasil na classificação rumo a Milão-Cortina 2026. Em Pequim 2022 a veterana foi a 82ª nos 10km estilo clássico e a 84ª no sprint. Duda foi a 90ª e a 88ª colocada nas respectivas provas.
Jaque Mourão e Duda Ribera dão entrevista exclusiva para o SporTV
Eduarda Ribera em ação no sprint por equipes feminino do esqui cross country nas Olimpíadas de Pequim — Foto: Getty Images
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No sprint por equipes estilo clássico, a largada é em massa (todas ao mesmo tempo) e as atletas do país fazem três voltas cada, se alternando na pista de um 1,5km. Os quatro primeiros de cada uma das semifinais avançariam direto para a final, disputada ainda nesta quarta-feira. Além destes, os donos dos dois melhores tempos abaixo destas posições também se classificam.
Para os países piores ranqueados, o desafio era evitar tomar uma volta dos líderes, o que geraria a desclassificação. Com o objetivo de completar a prova em foco, o Brasil estreou em provas por equipes do esqui unindo a experiência de Jaqueline, que aos 46 anos disputa as Olimpíadas pela oitava vez na carreira (quinta de Inverno), e a juventude de Duda, estreante nos Jogos aos 17 anos.
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Jaque, dona dos melhores tempos, abriu a disputa em 12º, já a 46 segundos atrás do Comitê Olímpico Russo, líder no início. As brasileiras perderam uma posição na segunda troca para Duda, e a pressão da eliminação cresceu diante do forte ritmo do pelotão de frente e das eliminações da Lituânia e da Grécia.
No momento da troca para Jaqueline entrar na pista pela última vez o sonho chegou ao fim. Com as líderes na iminência da ultrapassagem, a veterana sequer começou a terceira passagem dela pelo percurso. Não valia o esforço. A desclassificação era iminente e foi confirmada antes do registro da quinta troca.
– É uma experiencia única estar aqui e estou muito feliz de representar o Brasil com a Jaque. É uma prova muito difícil mas dei o meu melhor. Estou muito feliz, e com certeza isso vai agregar muito para mim e minha carreira daqui pra frente – disse Duda.