Foi um massacre do Liverpool, que deu aula de como jogar de forma agressiva, buscando sempre o gol

Como é lindo assistir a jogos do Liverpool em seu estádio e apreciar o canto dessa torcida fantástica. Seria o máximo para quem ama o Rock, como eu, jogar nesse time e respirar o ar do Rock and Roll com a atmosfera rebelde dos quatro garotos de Liverpool.

Quando fui jogar na Europa, os times ingleses estavam suspensos de todas competições continentais. Só foi surgir interesse de um time inglês quando eu já estava saindo do Torino para ir ao Flamengo.

Nessa primeira partida da seminal da Liga dos Campeões, vencida pelo Liverpool por 2 a 0, o Villarreal foi para segurar um empate e tentar surpreender em algum contra-ataque, mas não conseguiu nada de importante.

A intensidade e a agressividade dos Reds foram impressionantes. O Liverpool empurrou o time espanhol para trás. Fez o adversário passar um sufoco enorme, como mostra o número de finalizações ao fim da partida: 19 a 1 para os ingleses. Ou a posse de bola: 74% a 26% para os donos da casa. Um massacre.

No primeiro tempo, já houve total domínio do Liverpool, com muitas finalizações, mas uma só com perigo – do Thiago Alcântara, na trave.

E o segundo tempo foi um atropelo do começo ao fim. O gol contra a favor dos Reds fez Anfield ferver, pulsar, balançar, e aí não tem como não pressionar o adversário.

Logo depois, o time do ótimo treinador Jurgen Klopp fez o segundo gol, numa jogada incrível pela inteligência dos dois jogadores envolvidos: assistência de Salah e gol de Mané.

Eles formam uma das melhores duplas de ataques dos últimos anos. É interessante como são entrosados dentro de campo. São dois africanos que, por seus países, fizeram a final da Liga das Nações Africanas e também o jogo decisivo para uma vaga na Copa do Catar. Deu Senegal, de Mané, nas duas.

Mas o Liverpool não é só eles. Tem ainda o Luis Díaz, que também joga demais; o Van Dijk, talvez o melhor zagueiro do mundo nesse momento; o Alexander-Arnold, esse sim o melhor lateral-direito do futebol mundial sem concorrência; e o Fabinho, que fez ótima partida. Isso só para destacar os jogadores de que mais gosto nesse time.

O Villarreal ficou entregue, não teve tempo nem de respirar. O jogo poderia ter terminado 4 a 0, 5 a 0 ou mais, porque a bola só ficou no campo do time espanhol, que só mostrou chutões para a frente, enquanto o Liverpool pegava e já partia para cima.

A diferença técnica entre um time e outro é imensa. O Liverpool tem um elenco altamente competitivo e talentoso. Deu uma aula de como se joga agressivamente, de forma limpa, sem fazer faltas, buscando o tempo todo o gol, sem diminuir a dinâmica em nenhum momento.

O resultado de 2 a 0 saiu barato para o Villarreal. De qualquer forma, a situação ficou dificil para o time espanhol, que precisará fazer dois gols de diferença para levar a disputa à prorrogação. E os Reds estão invictos jogando fora de casa nessa Liga.

O jogo desta quarta mostrou que o Liverpool sem dúvida faz parte dos cinco melhores times do futebol mundial. Quais os outros? Para mim, sem ordem: Real Madrid, Manchester City, Chelsea e Bayern de Munique.

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